Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens com o rótulo COMPORTAMENTO

Gato, me liga. Mais tarde tem balada... Ixi, espera. Melhor não!

Quando se é jovem ­- ou nem tanto assim, mas não ainda velha, vá lá, trintona com corpinho de 25 – solteira e moradora de uma metrópole como São Paulo, parece constituir-se um pecado mortal, um crime inafiançável, não querer sair por aí “na night” bebendo todas, dançando como se não houvesse amanhã, exalando euforia por cada poro do corpinho meio suado. É como se você estivesse abdicando de uma parte fundamental da vida, enterrando a si mesma, ainda em vida, numa cova com uma lápide onde se lê:  “Aqui jaz uma jovem mulher em tédio mortal.” 

Mono ou multi? Eis a questão (e a confusão).

Hoje em dia, fala-se muito em pessoas multitask , capazes de realizar 37 x N coisas ao mesmo tempo com igual eficiência, sem prejuízo de nenhuma (ao menos em tese). Não que a gente tenha muita opção, na verdade. Pelo menos não em uma megacidade como São Paulo. Assoviar e chupar cana enquanto toca piano pedalando é bem normal por aqui.

E a corrida? Ops, será que já micou?!

  E para quem pensa que eu desisti da minha luta contra o sedentarismo – já que não escrevi mais nada aqui – só tenho uma coisa a dizer: jamais! Mas tive que dar uma desacelerada (literalmente) por conta de uma pequena lesão no pé direito. Esse percalço me deixou fora dos treinos "oficiais"  com o grupo por duas semanas. Individualmente, porém, tentei encontrar alternativas para não parar por completo. Pois bem sei que, quando ainda não somos atletas lá muito convictos, qualquer pausinha temporária pode se transformar em anos de “ah, semana que vem eu volto”.

Perdidos e Não Achados

Eu perco as coisas. Simples assim. A coisa vem parar em minhas mãos e logo some, desaparece, puff! Se minha vida fosse um conto de fadas ou uma animação Disney poderia jurar que se trata de uma maldição rogada pela bruxa má logo no meu nascimento, lá no reino muito, muito distante. “Essa menina perderá todos os objetos que lhe são caros. Valiosos ou ordinários, não importa, ela os perderá. E isso causará transtornos a ela e aos seus. Hahaha (risada malévola da bruxa). A única forma de cessar a maldição é receber o beijo do príncipe que encontrar seu...” Ai, ai, ai.  Vai ser difícil o final feliz.  

Um mês de treino - A saga continua.

E eis que, na semana passada, chegamos à nossa quarta semana de treino. Sim! Completamos um mês do nosso grupo de corrida. Parabéns para a gente, nessa data querid... Tá certo, ainda é um pouco cedo para comemorações muito efusivas. Não sei qual é o tempo, cientificamente falando, pelo qual temos que praticar alguma atividade para que ela passe a ser considerada um hábito. Talvez ainda estejamos apenas vivenciando a empolgação inicial. Fato é que já sentimos progressos e o mais legal de tudo – pelo menos no meu caso – é que já consigo sentir algum prazer durante a corrida, que antes não passava de pura tortura.  Um prazer pequeno, é verdade (nada de orgasmos múltiplos esportivos). Ainda falta o fôlego, ainda dói um tiquinho aqui e ali, ainda dá vontade de sentar quando passo perto de um banco no parque... mas a   hashtag   #voumorreragora já não é trending topic na minha cabeça durante todo o percurso. E para comemorar nosso primeiro mês como um grupo de...

Vai uma receitinha?

Sabem, eu adoro comer. Muito. Mesmo. E gosto de cozinhar também. Não tanto quanto de comer, mas gosto. Se não for todos os dias e se forem coisas salgadas, gosto mais.  Não sou nenhuma  chef  em potencial, como minha irmã, tampouco sou da turma que enche a boca para dizer “nossa, não sei nem fritar um ovo”.  Estou ali, no meio termo.

Levanta!

Já publicou um livro? Já ganhou algum prêmio? Já conheceu 78 países? Já ganhou o primeiro milhão? Já mudou a vida de uma comunidade inteira com seu projeto? Já encontrou o homem da sua vida (ou ao menos de alguma parte dela que seja maior que três meses)? Não?! Então está fazendo o que aí, deitada, tirando um cochilo no sábado à tarde, lendo, vendo House of Cards no Netflix? Está louca?! Trate já de levantar! Se aprume. Vá escrever. Vá ter alguma idéia genial. Vá liderar um movimento revolucionário. Vá para a rua fazer alguma coisa - que coisa? E eu é que sei?! Não importa. Vá fazer QUALQUER COISA – antes que seja tarde demais! O tempo urge! Ah, como é tem sido difícil dar uma descansadinha ultimamente.  Minha cabeça me sabota. Notei que não consigo mais, simplesmente, curtir um dolce far niente sem ser assaltada pela sensação de estar em débito com alguém ou algo.  Sei lá, com a Vida!   Não importa o quanto eu tenha trabalhado ou me dedicado a algo, sim...

Sonhos, Unicórnios e Dragões.

Todo mundo tem um sonho. Ou dois. Ou mais.  É bom. Além de ser uma das coisas que nos fazem humanos, afinal.  O sonho ajuda você a acordar cedo ou dormir tarde, ou nem dormir, naqueles dias em que você está prestes a esmurrar pessoas por tais motivos. O sonho pode ser o incentivo para comer nabo, beber 3 litros de água por dia ou fazer qualquer outra coisa dita salutar quando, na verdade, você estava num pique de entupir seu organismo de lixo atômico.  O sonho é tipo um lápis de cor da vida. Quem não sonha vive num eterno PB, mas não um PB belo e pulsante como uma foto do Sebastião Salgado, não, um coisa sem graça mesmo.  Quem não sonha embrutece um pouco todos os dias. De modos que, se eu fosse um médico, receitaria, a todos os meus pacientes, doses diárias de sonhos diversos. 

A louca dos gatos.

  Acho que estou perdendo meu bom-humor. A capacidade de lidar com tudo de forma mais leve. Tá. Pode parar. Eu nunca lidei com nada de forma leve. Ao menos, porém, conseguia lançar mão da ironia e do sarcasmo auto-dirigido.   Agora, nem isso. Antes de pensar em fazer piadinha, já estou escrevendo mentalmente tratados niilistas sem graça nenhuma.    O blog mesmo é uma prova disso, façam o teste da barrinha de rolagem. Quando foi o último post “engraçadinho”? Aliás, quando foi o último POST?!  (Continue lendo, vá!)

No raso ou A incômoda sensação de, não sendo a Cléo, tornar-se um pires.

Vocês às vezes tem a sensação de que estão ficando burros? Ou que são cobaias num processo de superficialização comandado por seres alienígenas como num conto do Isaac Asimov?  Eu sim e essa sensação me incomoda como uma pedrinha, daquelas bem pontudas, no sapato. Acho que até já escrevi sobre isso aqui, não lembro quando, mas a cada dia me vejo menos capaz de fazer uma reflexão profunda sobre o que quer que seja. É isso, parece que estou ficando rasa, como se há alguns anos fosse uma bacia e, agora, estivesse me convertendo num pires (e nem é o caso de ser a Cléo).  Na verdade essa metamorfose não é um privilégio meu, há muitos estudiosos que defendem a tese de que A Sociedade (essa entidade a qual a gente pertence, mas parece que não é muito da nossa conta) está mais rasa em suas análises, na aplicação de seus conhecimentos, em última instância,  na sua vida. A relação entre quantidade e qualidade de informação e estímulo está longe de ser proporcional.  H...

Preciso te dizer uma coisa ou É menos surreal do que parece.

Num restaurante de São Paulo:  Garçon –  Está aqui a sua via, senhor. Obrigada. Já vou trazer o cafezinho. Cara  – Valeu grande.  Nossa, comi até demais, o risoto daqui é muito bom. Moça – É, é uma delícia mesmo. Cara. É... Eu preciso te falar uma coisa. Sabe por que eu insisti em vir no meu carro hoje? Cara –  Humm. Sei lá. Porque você não bebe e sabia que eu ia beber? Moça – Não. É porque eu escondi uma adaga no banco de trás e eu pretendo te matar com ela e depois desovar seu corpo num córrego. Cara – Ahahahahahahahahahaha! Moça – Cara... É sério. É verdade. Eu sou louca. Eu mato os caras com que eu transo. É tipo um padrão. Cara -    AHAHAHA. Maluquinha (beijo). Quer dizer que você é uma serial killer? Moça – Isso. Você lê jornal? Vê, sei lá, o UOL?! Já dever ter ouvido falar na Maníaca Perfumada.  Nos 5 corpos encontrados nos últimos meses... Cara – Pô. Até ouvi, mas... AHAHAHA.  Sei lá! Vai me dizer que a...

"Ô, desce daí! " ou Egos King Size

Ao longo desta minha vida de garota latino-americana sem dinheiro no bolso, sem parentes importantes e nascida na metrópole tive a oportunidade – nada rara – de conviver com pessoas de egos enormes.  Egos do tipo king size mesmo. Daqueles que quando a pessoa vai viajar de avião tem que comprar dois assentos, um para ela, outro para o ego, sabem? Sabem. Quem nunca conheceu alguém assim, afinal?   Você mesmo, que me lê agora, bem pode ser um deles. Fato é que eu realmente tenho um imã para atrair esse pessoal.  Tenho lá minhas teorias sobre o motivo de acontecer com tanta frequência, mas não vem ao caso agora.  A questão é que conviver com gente assim me tirava do sério. Acho muito bacana a pessoa se ter em alta conta. É mesmo saudável que seja assim.  É certo amar-se, valorizar-se, sentir-se membro da parte foda da humanidade. Ok. O duro é quando o sujeito se torna o Mr. (Ms) Artigo Definido.  Não basta fazer parte do grupo dos que , não, ele é sem...

Dia dos Namorados - Dia Nacional de...

12 de Junho. Dia Nacional de: Donos de restaurantes, bares, hotéis e motéis fazendo valer o clareamento dental com aquele sorrisão de orelha a orelha.  Namorados(as) de funcionários de restaurantes, bares, hotéis e motéis tendo que adiar a programação romântica para outro dia qualquer.  Hora extra na floricultura. Sorteios das promoções de lojas e shopping centers que prometem levar pombinhos para arrulhar de amor em Nova York, Paris, Veneza, Ilhas Maurício... Com tudo pago, exceto alimentação, bebidas, traslados e tudo o mais que está nas letrinhas miúdas. Casais de pombinhos sortudos correndo atrás de visto e usando a imaginação para conseguir uma dispensa do trabalho fora da época de férias.  DR`s adiadas para não quebrar o clima. (Continue lendo)

5 dicas para ignorar o fato de que sua conta bancária está no vermelho.

Creio que só há dois tipos de pessoas para as quais o dinheiro deixa de ser uma questão diária: os ultra ricos e os absolutamente miseráveis. Os primeiros, porque têm tanto que é como se fosse o oxigênio, você não pensa na existência dele, simplesmente respira. Os segundos porque tem que se preocupar em sobreviver e o dinheiro é tão abstrato que não dá pra pensar nele como algo em si, não se pensa "queria ter dinheiro para comprar um frango" e, sim, "queria comer um frango". O restante da população, em algum momento do dia, vai pensar direta ou indiretamente em dinheiro: têm uma conta pra pagar, vai receber um extra, tem que checar o extrato pra ver se dá pra sair etc, etc. E quando, nesse momento diário de pensar em dinheiro, você realiza que ele foi dar um rolê e esqueceu de voltar pra sua conta (alô, alô, maioria da população brasileira)? Bom, você pode tentar analisar as origens do problema, buscar os conselhos de um especialista em economia, tent...

Notícia da Vez - Neymarzetes e os 17 anos.

Sempre que vejo uma coisa destas digo mentalmente, "tá vendo só, eu realmente não tenho estrutura pra ser mãe, se fosse filha minha já dava logo na cara". Mas é claro que a coisa não é bem assim, se eu tenho ou não estrutura para ser mãe é papo para outro momento, o divã do psicanalista talvez. E, não, eu não daria um tapa na cara da menina. Em primeiro lugar porque eu não dou tapa na cara de ninguém e também porque eu já tive 17 anos.  Já  chorei por meus ídolos (à época), apenas nunca fui tão intrépida, nunca tentei invadir hotel de ninguém, tampouco enfrentei seguranças 4x4 para manter contato visual com quem quer que fosse. Por outra lado, fui a um show do Faith no More em 1991 estando com rubéola, mal parando em pé, desmaiei na segunda música, não vi nada, um horror, um mico, uma temeridade. Quer dizer, quando se tem 17,18 anos todo mundo pode ter atitudes de neymarzete em maior ou menor grau o que, aliás, acho que é bem normal e saudável. O duro é quando você resol...

Ei! Você. Fica vai! Não vai embora, não.

Ei. Você. Psiu. Isso. Você mesmo. Não vai embora, não. Fica aqui comigo. Toma alguma coisa. Olha, pode pegar aquela almofada. Fica à vontade. Quer falar sobre o quê? Escolhe o assunto. Eu topo! Futebol. Novela. Política. Comida. Vida alheia. Topo até discutir religião. Não? Prefere jogar um baralhinho? Não sei. Mas você me ensina o básico e eu me viro. Quer um salgadinho? Prefere um doce? Faço um bolo pra você! Rapidinho. A gente toma com café. Tá friozinho. Gostoso. É, eu não estou podendo tomar café e é uma tortura sentir aquele cheirinho delicioso saindo da xícara fumegante. Mas tudo bem. Eu aguento. Faço qualquer coisa para você não ir embora e ficar aqui do meu ladinho. Topo qualquer coisa. Mas não me deixa aqui sozinha, não! Por favor. Por favor. Me faça a caridade de não me deixar sozinha comigo. Tá perigoso demais, hoje. Agora. Bem agora, neste momento em que todo o meu corpo físico e astral, todo o meu coração metafísico e muscular me pede para fazer aquela coisa que eu...

Sambando em silêncio.

Olá inúmeros, tudo bem? Faz tempo que não passo por aqui, né? Está bem, vou confessar estou traindo vocês com o Tumblr. Mas não é hora de a gente discutir a relação.  É hora daquela passadinha rápida para comentar as genericamente chamadas "coisas da vida".  Vejamos se vocês se identificam com a seguinte situação. Você está vivenciando uma coisa muito legal, muito bacana, que a está deixando eufórica, otimista, vendo até brilho onde não tem. Mais ou menos como se estivesse passando uma escola de samba no curso da sua vida. E você, ali, doida para sambar na cara da sociedade e convidar todo mundo para participar do ziriguidum! Mas eis que, por alguma razão misteriosa do Cosmos, Sheeva, Budah ou Alá, ninguém ao seu redor parece estar vivendo o mesmo carnaval. Daí que você fica sem ter como compartilhar sua boa fase. Chato isso.  Pois, vejam, não fica bem você chegar jogando confete e serpentina no velório alheio, né? No mínimo uma falta de sensibilidad...

Criança Doente

Cartazes ou faixas relatando o desaparecimento de bichinhos de estimação com os dizeres “criança doente”.  Era muito comum vê-los espelhados por aí antigamente. Não tenho visto mais, talvez seja ainda uma prática comum, eu que não esteja prestando atenção. Vai que  postagens no Facebook cumpram hoje esta missão? De qualquer modo, me chamava muita atenção a expressão sempre em destaque : “Lorinha, vira lata da cor caramelo, desaparecida no último domingo, informações ligue para 234 56 89. CRIANÇA DOENTE!” Me  perguntava, haveria mesmo uma criança doente ou era apenas uma tentativa de sensibilizar? Se algum mal intencionado tivesse intenção de não devolver a Lorinha perdida, deixaria de fazê-lo pelo motivo de “criança doente”? Não sei.  Mas provavelmente a técnica tivesse mesmo alto grau de eficiência haja visto sua repetição em 97,3% dos cartazes. Deste modo comecei a pensar que possa me apoderar da expressão para outros fins. Hã? - Ingressos esgotad...

Alô. Alô. Responde.

Ou De como as mensagens de texto estão nos deixando super editados. Quando as coisas eram mais difíceis a gente valorizava mais a conversa? Não estou aqui levantando nenhuma bola que já não tenha sido levantada.  Vira e mexe há matérias sobre o assunto em revistas , blogs e até programas de TV do tipo “veja a opinião dos especialistas”. Ainda assim, acho que vale o papo e uma reflexão sobre.  É fato que vivemos sob a era das mensagens de texto e isto, de certa forma, está fazendo a gente emudecer  um pouco, não acham? SMS,  Facebook Messenger, Skype e o tão adorado, amado, idolatrado, salve, salve (inclusive por esta eu vos fala) Whatsapp. São vários os recursos que a Nossa Senhora da Telefonia e das Redes 3G colocam a nossa disposição para nos comunicarmos com qualquer um, sem que nossas pregas vocais tenham que entrar em ação. É ótimo:   “Tá chegando?” “20 min”.   Em lugar do: Tuuuuu... Tuuuu... Tuuuu... - Alô? - Alô. Tudo bem?...

Daqui não saio. Daqui ninguém me tira

Idéia fixa, você ainda vai ter. Idéia fixa. O nome já diz tudo. Aquele  pensamento que chega com sua barraca, fogareiro, saco de dormir, lanterna e farta reserva de alimentos para passar dias, semanas, quiçá meses, alojado em nossa cabeça. Ele pode até ter sido convidado e ser do tipo bacana, leve, divertido. Ainda assim, não é bom um pensamento que fica aboletado indefinidamente. Como quando a gente recebe visita em casa, por mais que seja querida,  o papo seja bom, chega aquela hora em que você quer colocar o pijama rasgado, comer leite condensado direto da lata, de perna pra cima no sofá, sabe como é... Agora, dureza mesmo, caso de polícia é quando a tal idéia fixa é do tipo persona non grata.   Vem pra atormentar, tirar o sossego, atrapalhar as outras atividades sem trazer nada de útil em troca, só pra incomodar mesmo.  Colocar a vassoura atrás da porta parece que não funciona. Então, o quê?! “Ocupe a mente com outra coisa” dizem os experts. Ah, tá,...