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Mostrando postagens de junho, 2013

"Ô, desce daí! " ou Egos King Size

Ao longo desta minha vida de garota latino-americana sem dinheiro no bolso, sem parentes importantes e nascida na metrópole tive a oportunidade – nada rara – de conviver com pessoas de egos enormes.  Egos do tipo king size mesmo. Daqueles que quando a pessoa vai viajar de avião tem que comprar dois assentos, um para ela, outro para o ego, sabem? Sabem. Quem nunca conheceu alguém assim, afinal?   Você mesmo, que me lê agora, bem pode ser um deles. Fato é que eu realmente tenho um imã para atrair esse pessoal.  Tenho lá minhas teorias sobre o motivo de acontecer com tanta frequência, mas não vem ao caso agora.  A questão é que conviver com gente assim me tirava do sério. Acho muito bacana a pessoa se ter em alta conta. É mesmo saudável que seja assim.  É certo amar-se, valorizar-se, sentir-se membro da parte foda da humanidade. Ok. O duro é quando o sujeito se torna o Mr. (Ms) Artigo Definido.  Não basta fazer parte do grupo dos que , não, ele é sempre o (a): O bonito, A talen

Dia dos Namorados - Dia Nacional de...

12 de Junho. Dia Nacional de: Donos de restaurantes, bares, hotéis e motéis fazendo valer o clareamento dental com aquele sorrisão de orelha a orelha.  Namorados(as) de funcionários de restaurantes, bares, hotéis e motéis tendo que adiar a programação romântica para outro dia qualquer.  Hora extra na floricultura. Sorteios das promoções de lojas e shopping centers que prometem levar pombinhos para arrulhar de amor em Nova York, Paris, Veneza, Ilhas Maurício... Com tudo pago, exceto alimentação, bebidas, traslados e tudo o mais que está nas letrinhas miúdas. Casais de pombinhos sortudos correndo atrás de visto e usando a imaginação para conseguir uma dispensa do trabalho fora da época de férias.  DR`s adiadas para não quebrar o clima. (Continue lendo)

5 dicas para ignorar o fato de que sua conta bancária está no vermelho.

Creio que só há dois tipos de pessoas para as quais o dinheiro deixa de ser uma questão diária: os ultra ricos e os absolutamente miseráveis. Os primeiros, porque têm tanto que é como se fosse o oxigênio, você não pensa na existência dele, simplesmente respira. Os segundos porque tem que se preocupar em sobreviver e o dinheiro é tão abstrato que não dá pra pensar nele como algo em si, não se pensa "queria ter dinheiro para comprar um frango" e, sim, "queria comer um frango". O restante da população, em algum momento do dia, vai pensar direta ou indiretamente em dinheiro: têm uma conta pra pagar, vai receber um extra, tem que checar o extrato pra ver se dá pra sair etc, etc. E quando, nesse momento diário de pensar em dinheiro, você realiza que ele foi dar um rolê e esqueceu de voltar pra sua conta (alô, alô, maioria da população brasileira)? Bom, você pode tentar analisar as origens do problema, buscar os conselhos de um especialista em economia, tent

Notícia da Vez - Neymarzetes e os 17 anos.

Sempre que vejo uma coisa destas digo mentalmente, "tá vendo só, eu realmente não tenho estrutura pra ser mãe, se fosse filha minha já dava logo na cara". Mas é claro que a coisa não é bem assim, se eu tenho ou não estrutura para ser mãe é papo para outro momento, o divã do psicanalista talvez. E, não, eu não daria um tapa na cara da menina. Em primeiro lugar porque eu não dou tapa na cara de ninguém e também porque eu já tive 17 anos.  Já  chorei por meus ídolos (à época), apenas nunca fui tão intrépida, nunca tentei invadir hotel de ninguém, tampouco enfrentei seguranças 4x4 para manter contato visual com quem quer que fosse. Por outra lado, fui a um show do Faith no More em 1991 estando com rubéola, mal parando em pé, desmaiei na segunda música, não vi nada, um horror, um mico, uma temeridade. Quer dizer, quando se tem 17,18 anos todo mundo pode ter atitudes de neymarzete em maior ou menor grau o que, aliás, acho que é bem normal e saudável. O duro é quando você resol

Ei! Você. Fica vai! Não vai embora, não.

Ei. Você. Psiu. Isso. Você mesmo. Não vai embora, não. Fica aqui comigo. Toma alguma coisa. Olha, pode pegar aquela almofada. Fica à vontade. Quer falar sobre o quê? Escolhe o assunto. Eu topo! Futebol. Novela. Política. Comida. Vida alheia. Topo até discutir religião. Não? Prefere jogar um baralhinho? Não sei. Mas você me ensina o básico e eu me viro. Quer um salgadinho? Prefere um doce? Faço um bolo pra você! Rapidinho. A gente toma com café. Tá friozinho. Gostoso. É, eu não estou podendo tomar café e é uma tortura sentir aquele cheirinho delicioso saindo da xícara fumegante. Mas tudo bem. Eu aguento. Faço qualquer coisa para você não ir embora e ficar aqui do meu ladinho. Topo qualquer coisa. Mas não me deixa aqui sozinha, não! Por favor. Por favor. Me faça a caridade de não me deixar sozinha comigo. Tá perigoso demais, hoje. Agora. Bem agora, neste momento em que todo o meu corpo físico e astral, todo o meu coração metafísico e muscular me pede para fazer aquela coisa que eu