Sempre que vejo uma coisa destas digo mentalmente, "tá vendo só, eu realmente não tenho estrutura pra ser mãe, se fosse filha minha já dava logo na cara". Mas é claro que a coisa não é bem assim, se eu tenho ou não estrutura para ser mãe é papo para outro momento, o divã do psicanalista talvez. E, não, eu não daria um tapa na cara da menina. Em primeiro lugar porque eu não dou tapa na cara de ninguém e também porque eu já tive 17 anos. Já chorei por meus ídolos (à época), apenas nunca fui tão intrépida, nunca tentei invadir hotel de ninguém, tampouco enfrentei seguranças 4x4 para manter contato visual com quem quer que fosse. Por outra lado, fui a um show do Faith no More em 1991 estando com rubéola, mal parando em pé, desmaiei na segunda música, não vi nada, um horror, um mico, uma temeridade. Quer dizer, quando se tem 17,18 anos todo mundo pode ter atitudes de neymarzete em maior ou menor grau o que, aliás, acho que é bem normal e saudável. O duro é quando você resolve ter atitudes neymarzetes depois dos 25, aí, sim, é caso para se preocupar. Passada a adolescência espera-se que você compreenda que além de ninguém merecer tanto desespero e lágrimas, quanto mais desespero e lágrimas o objeto de sua adoração vir em você tão mais ele ficará assustado e doido para te ver pelas costas, o que é o exato oposto do que estas meninas esperam. Por isso o impeto de pegar uma criatura desta e dizer "amada, acorda! Não percebe que assim, caso o Neymar se dê ao trabalho de olhar para sua cara, só vai te achar uma ridícula?". Mas os 17 anos não obedecem à argumentos lógicos, sobretudo vindo de velhas de trinta e poucos anos.
Olá inúmeros! Não sei quanto a vocês, mas tenho notado algo muito interessante em todos os eventos dos quais participo nesta nossa gloriosa cidade de São Paulo, sejam eles artísticos, modísticos, baladísticos, gastronômicos ou esportivos. Todas as pessoas com quem converso moram em Pinheiros, Vila Madalena, Jardins, Perdizes ou - estourando - Pompéia. Fico pensando, se nossa cidade tem mais de onze milhões de habitantes e tá todo mundo concentrado nesses bairros, bem, é estranho que suas ruas não se assemelhem ao mais clichê retrato de Bombaim! Também me pergunto de onde é toda aquela gente que congestiona as vias que ligam os outros bairros da cidade? E aquele povo todo espremido nos ônibus, metrôs e trens? Seguramente são marcianos que, com a globalização atingindo níveis integalácticos, vêm diariamente trabalhar em São Paulo. A questão é, trata-se somente de uma grande coincidência (as pessoas vivem nos referidos bairros mesmo, sim porque sim) ou você só é descol...
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