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Gato, me liga. Mais tarde tem balada... Ixi, espera. Melhor não!


Quando se é jovem ­- ou nem tanto assim, mas não ainda velha, vá lá, trintona com corpinho de 25 – solteira e moradora de uma metrópole como São Paulo, parece constituir-se um pecado mortal, um crime inafiançável, não querer sair por aí “na night” bebendo todas, dançando como se não houvesse amanhã, exalando euforia por cada poro do corpinho meio suado.
É como se você estivesse abdicando de uma parte fundamental da vida, enterrando a si mesma, ainda em vida, numa cova com uma lápide onde se lê:  “Aqui jaz uma jovem mulher em tédio mortal.” 
É mais ou menos assim que as pessoas olham para uma paulistana solteira que escolhe ficar em casa numa sexta-feira. 
Eu gosto de festas, eu amo música e até arrisco uma dancinha mais empolgada, curto uns “bons drink”  de vez em quando e não acho que as noites foram feitas apenas para dormir. Mas, sabem, essas coisas todas precisam vir num combo que me agrade:  lugar, pessoas, música, meu ânimo do dia... Enfim. Sair para a “balada” (Deus, quando alguém vai inventar algum termo melhor para isso? Tenho uma birra dessa palavra...) porque TENHO QUE, olha... tô passando, viu? Tive lá minha época, nos tempos da faculdade, em que quase qualquer coisa valia e tudo virava diversão. Foi ótimo, adorável, boas lembranças, mas passou.
Yeees! Uhuuuu! Go hard or go home!  Ai, péra, hoje não.
Hoje, realmente prefiro convites para um show, um papo na mesa do bar, um passeio cultural, ou ao ar livre  e até uma festa! Sim, por que não? Mas precisa ser AQUELA... Aquela com a minha cara, meus sons, meus lugares, meu astral, my fellas... Afinal, como diz BNegão: A diferença entre uma festa de bacana e uma festa bacana não é mero detalhe.
Engana-se, porém, quem acha que é fácil dizer não. Eu estou lá, de pijama, sem sutiã, descabelada, com meus livros, meus filmes e meu gato num sábado à noite e, de repente, pá! Umas vozes pentelhas dentro da minha cabeça:  “O que você está fazendo aqui? Você PRECISA sair. Você TEM QUE CONHECER PESSOAS. Você está ficando VELHA. Você é ANTISSOCIAL. E blá, blá, blá. Difícil fazê-las calar a boca... Mas, de um tempo pra cá, na maior parte das vezes tenho conseguido.
 Imaginemos que eu fique mais ou menos assim quanto tô de boas, em casa,  (apenas imaginemos).
Não, eu não sou antissocial, apenas gosto de fazer coisas que me deixam realmente feliz, elas são muitas (e grande parte na rua, com pessoas, que fique claro), mas “ balada-uhu!”  não é uma delas. 
Infelizmente, meus gostos acabam por não bater com os da maioria do meu círculo social, o que me obriga a me lançar em carreira  solo por aí (assunto que detalharei em outro post).  Fazer o quê? Eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim Lucianaaa... E tá ótimo, minha gente. É libertador parar de querer viver a vida alheia. 
Tem gosto pra tudo e pra todos, ainda bem!
É claro que gosto de conhecer pessoas! E sim, quero conhecer AQUELA PESSOA, mas pessoas a vida nos apresenta, não tem lugar certo, lugar errado.
Seja você do tipo salto-alto-puro-êxtase-toda-noite-na-rua, seja você um-banquinho-um-violão-um-amor-uma-canção, seja você uma banana-de-pijama, contanto que seja uma ESCOLHA sua, vai na fé e não se culpe.

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