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Quando foi, hein?


Alguém aí sabe me dizer em que momento da história o ser humano começou a ter que fazer coisas? Dezenas, centenas, milhares, milhões, infinitas coisas todos os dias? Digo, em algum ponto da história das sociedades as pessoas pararam de simplesmente viver naquela molezinha de descolar o que comer, um abrigozinho sob o céu e  um semelhante jeitosinho pra se enroscar. Há muito tempo que isso aí já não vale mais nem pra bicho de estimação (que até esses tem que cumprir seus ritos diários de passeio, alimentação saudável, brincadeiras com o dono, pet shop, coleirinha e presilhas no topete de pelo), pra viver a gente tem que cumprir umas 832 tarefas diárias que ao invés de serem eliminatórias são cumulativas! Sim, já que a gente faz coisas com o intuito de gerar mais coisas para fazer. Reparem. Não sei se isso é ruim em si, nem bom, é como é. Mas o fato é que a cada ano, a cada geração, viver vai se tornando uma atividade mais e mais complexa e eu me pergunto se a gente, filhotinho de macaco, precisaria mesmo de tudo isso.


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Queridos inúmeros. Isto não é um post formal.É só um desabafo que escrevo aqui para que vocês sejam testemunhas. Inúmeras testemunhas: Quero que um raio caia na minha cabeça e me tranforme num mico leão dourado vendido ilegalmente para uma família de esquimós sádicos se eu fizer isso de novo!! Obrigada pela atenção dispensada. Beijos a todos.

1997

Em junho de 1997 Jurassik Park estreava nos cinemas e Spielberg ficava um pouco mais rico, mesmo não estando em um de seus melhores momentos. No mês seguinte, a empregada doméstica Célia tinha seu segundo filho, sozinha, num minúsculo quartinho e,em seguinda, abandonava-o numa calçada, próximo ao lixo, sendo promovida desta forma a personagem de execração pública nacional. No futebol, Pelé tentava aprovar um pacote de medidas que, entre outras coisas, acabava com a lei do passe. O Rio de Janeiro se preparava para a visita do Papa João Paulo II. A atriz Vera Fischer perdia na justiça a guarda de seu filho com o também ator Felipe Camargo. José Saramago publicava Todos os Nomes, mais um na sua lista aparentemente infinita de ótimos livros. Enquanto tudo isto – e muito mais – acontecia, eu estava fazendo o quê? Quantos navios eu fiquei a ver passar em 1997? Dezenas, de certo. Talvez centenas. Fato é que, sei lá, me deram um boa noite Cinderela qualquer que me fez dormir acordada. Era époc...

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Ah, não posso encerrar o ano sem agradecer nominalmente aos meus principais leitores, aqueles que - dentre todos os meu inúmeros leitores, passam por aqui com frequência e deixam (às vezes) seus comentários. Fabinho Chiorino: mentor e colaborador de um dos blogs mais bacanas da net, o Haja Saco. Obrigada pelas dicas e críticas desde o começo do Água. Lélia Campos: amiga linda, inteligente e super culta e cabeça, autora do blog Um Certo Olhar, mata a gente de inveja de tantos livros que leu, tantos discos que ouviu... Ricardo Bárbaro: figurinha ímpar, músico, performer, futuro advogado, do Blog da Gentileza (para o qual me permitiu fazer algumas colaborações e até fez uma citação do meu "inúmeros", rs), faz tempo que não deixa um comment, mas sei que passa sempre por aqui. A vocês meu grande carinho e muito obrigada.