Pular para o conteúdo principal

Criando Filhos - Parte II



No texto anterior fornecemos algumas dicas simples e preciosas para mães preocupadas com o futuro de seus rebentos. Mostramos como, já a partir da primeira infância, devemos direcionar meninos e meninas no caminho de uma idade adulta próspera e feliz.
Hoje abordaremos os procedimentos a serem adotados naquela que talvez seja a fase decisiva para definir se seus filhos serão ou não loosers: a adolescência.

Dos 12 aos 15 anos:

Seus filhos já não são mais crianças e começam a delinear uma personalidade. É o momento em que começam a manifestar vontades próprias disto e daquilo, a reinvindicar o direito de escolha sobre o que vestir, o que comer, aonde ir, etc. Atenção, é preciso usar muita estratégia nesta fase, sob o risco de botar todo o esforço feito até aqui a perder!! Você, evidentemente, não pode deixar que seus filhos façam tudo o que quiserem, todavia, se proibir tudo de forma autoritária, o feitiço pode virar contra o feiticeiro e, revoltados, eles podem fazer tudo de pior só para deixá-la em desespero! Vamos a um exemplo prático:

- Sua filha resolve dar uma gótica e se vestir toda de preto com aquelas botas medonhas, meias arrastão e camisetas de bandas tipo Nightwish, o que fazer?
Ok. Se ela até aqui foi criada dentro dos princípos mencionadas anteriormente, a probablilidade de isto acontecer é bem reduzida, todavia o poder avassalador da ebulição hormonal típica da adolescência não deve ser subestimado! Se isto acontecer, proceda da seguinta forma. Leve-a ao shopping mais próximo e lhe mostre a quantidade de coisas lindas, fashion e coloridas que ela pode usar enfatizando como isto a deixa muita mais bonita, mostre a ela também que garotos lindos, cheirosos, educados, viajados e economicamente privilegiados não andam com urubuzinhos de saia por aí. É bastante provável que isto não funcione, pois, como 90% das pré-adolscentes ela desconhece argumentos lógicos, neste caso, é necessário partir para estratégias mais agressivas. Deixe que ela use as tais roupas pretas - cuidando para que, ao menos, tenham uma modelagem decente - enquanto tenta descobrir quem é o fedelinho metido a roqueiro da escola por quem sua filha está apaixonada (pois, acredite, com certeza estas idéias não surgiram a toa) e descubra como neutralizá-lo. Existem várias formas de fazer isso, veremos algumas no próximo capítulo.

- Seu filho resolve que quer porque quer um skate de aniversário, o que fazer?
Sem problemas. Dê o skate. Ele ficará feliz por ter pais tão bacanas. Não há com o que se preocupar, pois com a dedicação exigida dele na escola mais as aulas de inglês, espanhol e judô, não sobrará mesmo muito tempo para ele andar de skate por aí. Cuide para que, dois ou três tombinhos depois, ele veja que não vale a pena desperdiçar um futuro brilhante em Harvard ou Yale por uma pedaço de madeira sob quatro rodinhas.
Não percam o próximo capítulo: Neutralizando Ameaças Externas

Comentários

Lélia Campos disse…
Hahahaha... As vezes me sinto com 12 ou 13 anos, querendo revolucionar o mundo. E morro de vontade de trocar alguns livrinhos pela habilidade de dar umas voltas de skate por ai, sem precisar ir direto pro pronto-socorro!!
lulooker disse…
Pois é querida... O nosso mal foi querer revolucionar o mundo!! rsrs Ainda mais com livrinhos!!!
Beijos e obrigada sempre pela visita!

Lu
Lélia Campos disse…
Lú, pra ir a leitura é só chegar chegando!!! Se der, apareça por lá!!!
Katchu disse…
Lu, adoro essa "série" como educar seu filho! muito divertido!
Acho que vc deveria ser mais sintética aqui no blog, só despertando a curiosidade e escrever um livrinho divertido sobre o assunto! o que acha?????? rsrs

Beijos

Postagens mais visitadas deste blog

Isto não é um post

Queridos inúmeros. Isto não é um post formal.É só um desabafo que escrevo aqui para que vocês sejam testemunhas. Inúmeras testemunhas: Quero que um raio caia na minha cabeça e me tranforme num mico leão dourado vendido ilegalmente para uma família de esquimós sádicos se eu fizer isso de novo!! Obrigada pela atenção dispensada. Beijos a todos.

1997

Em junho de 1997 Jurassik Park estreava nos cinemas e Spielberg ficava um pouco mais rico, mesmo não estando em um de seus melhores momentos. No mês seguinte, a empregada doméstica Célia tinha seu segundo filho, sozinha, num minúsculo quartinho e,em seguinda, abandonava-o numa calçada, próximo ao lixo, sendo promovida desta forma a personagem de execração pública nacional. No futebol, Pelé tentava aprovar um pacote de medidas que, entre outras coisas, acabava com a lei do passe. O Rio de Janeiro se preparava para a visita do Papa João Paulo II. A atriz Vera Fischer perdia na justiça a guarda de seu filho com o também ator Felipe Camargo. José Saramago publicava Todos os Nomes, mais um na sua lista aparentemente infinita de ótimos livros. Enquanto tudo isto – e muito mais – acontecia, eu estava fazendo o quê? Quantos navios eu fiquei a ver passar em 1997? Dezenas, de certo. Talvez centenas. Fato é que, sei lá, me deram um boa noite Cinderela qualquer que me fez dormir acordada. Era époc...

THANK YOU

Ah, não posso encerrar o ano sem agradecer nominalmente aos meus principais leitores, aqueles que - dentre todos os meu inúmeros leitores, passam por aqui com frequência e deixam (às vezes) seus comentários. Fabinho Chiorino: mentor e colaborador de um dos blogs mais bacanas da net, o Haja Saco. Obrigada pelas dicas e críticas desde o começo do Água. Lélia Campos: amiga linda, inteligente e super culta e cabeça, autora do blog Um Certo Olhar, mata a gente de inveja de tantos livros que leu, tantos discos que ouviu... Ricardo Bárbaro: figurinha ímpar, músico, performer, futuro advogado, do Blog da Gentileza (para o qual me permitiu fazer algumas colaborações e até fez uma citação do meu "inúmeros", rs), faz tempo que não deixa um comment, mas sei que passa sempre por aqui. A vocês meu grande carinho e muito obrigada.