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Imagine o Obama!



Eu agora adoto um novo índice quando quero relativizar o peso das coisas na minha vida, o Índice Obama de Pepino Quotidiano (IOPQ, para os íntimos).

Sempre que eu acho que estão me demandando demais, enchendo muito o meu saco, esperando de mim muitas opiniões ou quando tenho que tomar alguma decisão que esteja me angustiando eu penso "imagina o Obama!", e tudo parece bem mais bolinho.

Desenvolvi este parâmetro há pouquíssimo tempo, agora, durante a reta final da campanha para a presidência dos EUA. Vendo uma matéria sobre o debate que iria rolar naquela noite entre os candidatos eu e minha mãe começamos a nos questionar, afinal, o que diabos leva um ser humano a querer ser presidente dos EUA?! É só bucha!!

É considerado assunto do cara tudo, absolutamente tudo, o que acontece no mundo, dos conflitos no Sudão setentrional ao casamento do Príncipe da Normandia. E para tudo, absolutamente tudo, ele tem que ter uma opinião. Além disso ele é tipo a personificação de Satanás para milhões e milhões de pessoas ao redor do globo e comanda o país que é mais amado/odiado na Terra. O cara não pode nem fazer xixi sem que alguém olhe, antes, se de dentro do vaso não vai sair neguin afim de dar cabo da sua vida. O tipo é seguido, vigiado, fotografado, protegido, analisado, consultado, pressionado, convocado 24h por dia. E ele nem pode dar aquela ligada no foda-se e assumir a Paris Hilton que está dentro dele enchendo a cara em Vegas e mandando todo mundo se foder, assim, de vez em quando. Afinal, ele é o Sr. Presidente dos Estados Unidos da América. Como se não bastasse, o pobre do Obama ainda tem mulher e duas filhas adolescentes (que presidente dos EUA que se preze, tem que ter família bem perfeitinha). E a cereja do bolo:  ainda arrumam pra ele o mico de "salvar" perus na véspera do dia de Ação de Graças. Que dó, que dó, que dó, que dó!

Sério. Porque alguém quer um emprego desses?! 

"Ele é o homem mais poderoso do mundo", diz meu pai. Ok. Mas isso ainda não responde minha pergunta. Ele é o cara mais poderoso e, ainda assim, não tem vida própria. Paradoxal.
Li outro dia numa revista, que o tempo dele é tão espremido - e ele tem tanta coisa pra resolver num único dia -  que  só usa duas cores de ternos (pra não perdem tempo combinando) e deixa a decisão do que vai comer sempre pra Michele. Ele decide se mata ou não o Bin Laden, mas não decide se come peito de frango ou filet mignon no almoço. Puta piração.

Daí que, quando eu tô achando algo muito puxado no meu dia eu paro e penso "aff, isso aqui não é nada, imagina o Obama a uma hora dessas".  Tentem. Garanto que funciona.

 


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