Hoje eu engoli um chiclete, engasguei e achei que fosse morrer. O período decorrido entre o susto inicial e o alívio de me descobrir sã e salva não deve ter durado mais que 10 segundos, mas deu tempo de passar toda minha vida diante de mim, igualzinho aos filmes. Agora, vejam vocês como o cérebro humano é capaz de percorrer caminhos tortuosos mesmo em situações limite. Sabem o que eu (ou meu ego, talvez) tive tempo de pensar nessa hora? “Putz, vou morrer e nem vou ter escrito minha biografia”. Sério. Talvez seja mais comum o cidadão pensar num testamento, ou num seguro de vida para a família, eu pensei numa biografia. Na minha biografia, publicada, com capa em PB e título em fonte sans serif. Bom, daí que São Pedro viu que tinham trocado a minha senha de chamada para o céu a tempo de corrigir o erro e eis-me aqui, vivinha da silva, linda, plena, lépida e faceira. Aí vocês podem pensar que foi um delírio causado pelo medo. Mas não foi, não, meus queridos inúmeros. Eu ac