O final de ano já passou, já desembarcamos devidamente no ano de 2012, ano de Olimpíadas, ano de fim de mundo, ano de Corinthians na Libertadores, etc e tal. Isto significa que sobrevivemos todos às adoráveis e, ao mesmo tempo, atemorizantes festas e confraternizações de fim de ano. Ufa!
Adoráveis porque você pode comer um monte de coisas desconexas entre si somo se não houvesse amanhã, dar e receber presentes, estar com pessoas queridas, dançar no meio da sala, subir em cima da cadeira para comer semente de alguma coisa sem ser chamada de doida e outros quetais. Atemorizantes porque tem amigo secreto, Papai Noel, lichía, gente que bebe a mais e... tchan, tchan, tchan a trollagem máxima institucionalizada em 94,3% das famílias brasileiras: o(a) parente que vai fazer - em frente à geral - aquelas perguntas adoráveis sobre sua vida sentimental: "e, aí? e o namorado?"; "tá sozinha, lindinha?" ou a pior de todas: "cadê os paqueras?" (esta dá vontade de cortar os pulsos com a casca da noz!). Aí, dependendo do seu controle emocional e da sua capacidade de evocar os ensinamentos da sua mãe que, quando você era criança, lhe ensinou a ser educada com as visitas, você vai variar o grau do sorriso amarelo, da olhadinha lateral e da polidez da resposta que a pessoa em questão já sabia antes de perguntar, mas tudo bem.
Se a coisa para por aí e você consegue levantar e ir pegar uma tacinha de champagne para bebericar, ótimo. O pesadelo começa mesmo quando tem alguém próximo que não permite o encerramento do assunto! Aí, dá-lhe considerações acerca das suas virtudes, do quão linda, inteligente e boa moça você é, "como pode estar sozinha?", "vocês são muito exigentes" , e blá, blá, blá. Gente, isto é bullying, não é não? Enfim, sempre vai ter alguém que vai decretar em tom de autoridade que você é "muito fechada" ou (esta é a que eu mais amo) "não está procurando nos lugares certos".
Como assim, pessoal? Não é assim, também. Conheço gente tão fácil de abrir quanto um vidro de palmito que não fica sozinha uma semana! E a maioria dos casais de amigos não tiveram que se procurar, simplesmente se encontraram naturalmente, na vida, sei lá.
Sabem que durante um tempo eu até que acreditei neste papo de lugar certo, sério! Pensei, que talvez fosse o caso de parar de ser teimosa e dar ouvidos a sabedoria popular/familiar. Sim, como não? Lá foi a Lu "procurar" namorado nos lugares considerados "certos" pela Liga dos Experts em Vida Sentimental composta por um pool de gente bem intencionada que vai da sua tia ao porteiro do prédio, passando por psicólogos, astrólogos, antropólogos e editores de revistas femininas.
Os lugares elencados foram: livraria, supermercado, local de trabalho, casas de amigos e trânsito (acreditem se quiser!). Notem que, de cara, foram excluídos da lista bares, casas noturnas, academia e afins. Locais apontados como sendo ambientes com grande concentração de tipos não confiáveis, comprometidos em geral, enfim, os famosos chaves de cadeia.
No próximo post, conto para vocês a minha experiência e, claro, minhas conclusões sobre a listinha mágica acima.
To be continued...
Comentários
Muito bom seus textos.
Li quase tudo...
Voltarei :-)