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Lugares para "achar" namorado - Parte II



Olá inúmeros! Conforme prometido segue o post com as considerações acerca dos melhores lugares para achar um namorado "decente" em São Paulo segundo a Liga dos Experts em Vida Sentimental  orgão ao qual esta que vos fala, definitivamente, não pertence.

1 - Livraria

Bom, em tese, até que faz sentido.  Numa livraria estão caras que gostam de ler, caras que gostam de ler tem assunto para conversar, sensibilidade, valorizam a educação, etecetera e tal (olha um bom partido em potencial aí geeeeeente).
Digam se não é o melhor dos mundos correr o risco de se deparar com aquele boy todo magia que, ainda por cima, é fã da Clarice ou de Kafka? Nada mal!
Pois bem, na prática a coisa não é tão cor de rosa. Primeiro porque livraria em São Paulo - sobretudo as megas - viraram meio o equivalente da pracinha da matriz em cidade do interior. A pessoa vai para lá para dar um rolê, encontrar alguém, tomar café, comprar eletrônicos e games, não necessariamente livros. Até aí, tudo bem, no meio da muvuca até pode rolar um encontro interessante, e os gamers também amam, ora bolas! O problema neste caso sou eu:  piro geral na livraria! Fico lá lendo as orelhas, os prefácios, os epílogos, as notas do tradutor,  se o gerente não me expulsa sou capaz de ler o livro inteiro. Conclusão óbvia, não vejo muita coisa ao meu redor. Quando isto não ocorre, se dá o exato oposto, o alvo de interesse é tão nerd quando eu e não tira os olhos das páginas.  Nem adianta pedir licença fazendo voz sexy ou derrubar um daqueles livros de 800 páginas no chão que o máximo que se obtém é um olhar de "putz, que inconveniente". Livraria é para comprar livros. Ponto.


2 - Supermercado

São Paulo é uma cidade enorme, com gente de todo lugar e, claro, muitos caras que vivem sozinhos.  Estes precisam garantir a própria sobrevivência e a dignidade da sua moradia, logo necessitam de água, comida e produtos de higiene e limpeza, portanto, precisam em algum momento, ir ao supermercado.  Ok, mas se alguém puder me dizer que momento é este eu agradeço! Porque nos supermercados que eu vou ou os homens ou estão com mulher e filhos, ou estão com as namoradas, ou estão em bando comprando bebida para encher a cara, ou seja, excluídos da categoria "solteiro centrado procura".  Certa vez até caí da paixão a primeira vista por uma cara no Pão de Açúcar da Ricardo Jaffet, sério, tocaram sinos e tal. Não deu nem cinco segundos e fui arrancada violentamente de meus devaneios de conto de fada por um timbrezinho agudo:  "papai, papai olha o que a mamãe deixou eu comprar".  Precisa dizer mais nada, né?

3 -Local de Trabalho

O papo aqui já começa fazendo uma curvinha que pode tender para a esquerda ou para direita dependendo da hermenêutica aplicada aos desdobramentos sociológicos da rebimboca da parafuseta. Quer dizer, há quem parta do princípio que misturar trabalho com amor e/ou sexo é encrenca na certa.  Não nego que acho algo complicado dependendo da relação hierárquica, da proximidade física em tempo quase integral, etc. Mas não considero impeditivo, de jeito nenhum! 
Só que, gente, eu trabalho com moda... Precisa explicar? Digamos que uma análise estatística, assim no geralzão, dos meus colegas de trabalho ao longo da carreira traria mais ou menos os seguintes resultados:

60% mulheres
35% gays
4%   homens não gays comprometidos
1 %  outros 


Oi? Explicar o "outros"? Melhor não. Bota esta imaginação para funcionar (e, olha, que nem precisa de muita)!




4 - Casa de Amigos

Bom, quem colocou este item na minha lista, das duas uma: ou estava de brincadeira, ou assistindo a muita novela mexicana e procurando um enredo similar na vida real.
Veja bem, 95% dos meus amigos estão casados, com filhos pequenos e têm em seu círculo social outros casais, com filhos pequenos, ou filhos grandes, ou sem filhos, mas ainda casais. Quer dizer, a não ser que o intuito seja o de atacar de destruidora de lares, no melhor estilo Paola Bracho, não é bem o local mais indicado. E os outros 5%, você se pergunta?  Gays com amigos gays/lésbicas.  Ou então moram em outra cidade, estado, país, não dá exatamente para ficar frequentando.
Conclusão: casa de amigos é uma delícia para rir, comer, falar besteira e sentir todo um tipo elevado de amor, mas, para descolar um bofe para chamar de meu, tsc, tsc,tsc.

P.S: Se você é do tipo que tem amigos solteiros, interessantes e disponíveis,  a coisa muda de figura. Aliás,nossa, não sei porque, mas senti uma energia tão boa em você mesmo aí do outro lado da tela.  Podemos ser amigos??




5 - Trânsito

Será que esse pessoal dirige em São Paulo ou em alguma cidadezinha paradisíaca na Toscana? De um modo geral, as pessoas aqui estão tão dispostas ao amor quando entram em seus carros e saem por aí buzinando e xingando e fazendo atrocidades que chega a ser comovente. Mas, tudo bem, conheço uma galera que consegue flertar no trânsito e até obtém resultados animadores. Então, finalmente a Liga dos Experts em Vida Sentimental deu uma dentro? Hã. Bem. Não no meu caso.
Quem acompanha o Lulooker há algum tempinho sabe que dirigir para mim, não é, digamos, a coisa mais relax do mundo (relembre). Então, imagine, eu mal consigo dar conta de ler as placas para não chegar ao Tucuruvi quando a intenção era chegar à Penha sem bater em alguém. Como é que vou dar conta de abrir a janelinha para sensualizar com o cabelo esvoaçante enquanto passo o batom vermelho lançando um olhar fatal pelo retrovisor? Talvez daqui a uns 15 anos.


E aí? Como faz se chegamos ao fim da lista e nada? Bom, sempre tem alguém que vai dar a sugestão que parece óbvia na era digital: "já tentou procurar na IN - TER - NET? Ha-hãm. 

Mas isto é assunto para um outro post.

To be continued.




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