Pular para o conteúdo principal

Todas as Coisas do Mundo que eu Queria Comprar


Já pararam para pensar na quantidade absurda de coisas que você já quis, quer e ainda vai querer nesta vida? Não me refiro a coisas subjetivas ou intangíveis, tipo amor, felicidade, paz... Não, me refiro a coisas materiais, em estado sólido, líquido ou gasoso, coisas que se pode tocar, cheirar, ver e, o verbo mais importante aqui, comprar. Desde adolescente conclui que, a grosso modo, as pessoas vivem basicamente para comprar e vender .
Maria acorda cedo todos os dias para trabalhar. Trabalhar para quê? Para ganhar dinheiro. Ganhar dinheiro para quê? Para consumir. Consumir o quê? Tudo, ué! Roupas, comida, comunicação, energia, educação... Na loja em que maria compra seu casaco, no mercado em que compra seu molho de tomate, na empresa de telefonia, na concessionária de luz, na escola de seu filho pessoas, como Maria, acordam cedo todos os dias para irem trabalhar, trabalhar para que Maria consuma e para que, eles próprios, assim como a Mary, possam também consumir.

Claro que isto é uma simplificação, as pessoas (uns 05%, 10% da população mundial?) trabalham por e com prazer, para obter realização pessoal, mas este post trata só de coisas palpáveis e materiais, lembram?
E em meio a esta roda viva, para que o mundo continue girando sabe-se lá para aonde, desde pequenos, a gente tem necessidade e/ou vontade de consumir quantas coisas por dia? Ao final de nossa vida quanto cada cidadão consumiu em kilos, litros, metros ou cifrões? Deixo este cálculo para um pesquisador em Harvard ou Yale. Aqui no meu blog, farei um simples e modesta experiência pessoal: tentar mensurar o que eu, apenas uma garota latino-americana, tenho vontade de comprar todos os dias e temo que, ao final de - vamos colocar um prazo - 6 meses, chegarei a um número estratosférico, daqueles de fazerem os ambienetalistas terem certeza de que a Terra não vai mesmo dar conta...
Vamos então as diretrizes do meu estudo. Todas as coisas que eu gostaria de comprar e suas implicações econômicas, sociais, afetivas e ambientais. Hmm Feio, né? Pensemos em algo mais simples:

Todas as Coisas do Mundo que eu Queria Comprar.

1) Tomarei notas, por um período de 6 meses, de todas as coisas que eu consumi e/ou tive desejo de consumir durante as 24h do meu dia.

2) Ao final do dia, relatarei aqui no blog as Estatísticas Consumistas do Dia em duas listas. Lista 01, coisas que eu efetivamente comprei e lista 02, coisas que eu teria comprado de tivesse dinheiro e/ou tempo para tal.
*Ressalva: pode ser que não consiga postar todos os dias, pode ser a cada dois, ou até três, afinal infelizmente não recebo, para este relevante estudo, verbas da iniciativa pública ou privada, de modos que tenho que fazer minha correria por aí, ok, Brasil?!

3) Por tratar-se de um estudo livre, que tem por objetivo mensurar desejos e não apenas realizações efetivas a Lista 02 poderá ser, muitas vezes, um tanto quanto absurda, megalomaníaca e surreal.

4) Ao final do período acima mencionado espero compartilhar aqui com vocês um retrato de mim mesma pelas lentes dos meus desejos de consumo. Quanto dinheiro seria necessário? Há um padrão nas coisas que eu desejo? Tudo o que eu quero, teria, realmente espaço na minha vida? Quanto lixo eu produziria? Haveria sacola pra carregar tanta coisa? Lugar para guardar? Saco pra me aturar?!! Gente, já tá me dando até medinho...rsrs

5) Observações serão aceitas e bem vindas, assim como doações para minha pesquisa. Quem ajuda a ciência contribui para o progresso da humanidade! rs

Agora, se me dão licença, devo partir vou aproveitar para passsar na papelaria e comprar um bloquinho de anotações ex-clu-si-vo para as notas da minha pesquisa. Que será, portanto, o primeiro item do grandiosos projeto TCMQC!

Nobel, aí vou eu!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Momento Queremos Muito.

Lançamento da FOX: Caixa com 20 filme do Woody ao preço de R$ 249,90, cada filme saí a R$ 12,49. Mais barato que isso, nem no camelô!! Melinda e Melinda (2004) Neblina e Sombras (1991) Simplesmente Alice (1990) Crimes e Pecados (1989) A Outra (1988) Setembro (1987) A Era do Rádio (1987) Hanna e Suas Irmãs (1986) A Rosa Púrpura do Cairo (1985) Broadway Danny Rose (1984) Zelig (1983) Sonhos Eróticos de Uma Noite de Verão (1982) Memórias (1980) Manhattan (1979) Interiores (1978) Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977) A Ultima Noite de Boris Grushenko (1975) O Dorminhoco (1973) Tudo o Que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo Mas Tinha Medo de Perguntar (1972) Bananas (1971)

Expo: Flávio de Carvalho Desveste a Moda Brasileira da Cabeça aos Pés

Artista múltiplo (arquiteto, desenhista, pintor, escritor) Flávio de Carvalho é mais conhecido pelo grande público pela polêmica Série Trágica em que retratou, por meio de desenhos, a agonia de sua mãe no leito de morte. Flávio, entretanto, também se dedicou a pensar a moda de um forma bastante peculiar numa série de estudos publicados, entre março e outubro de 1956, pelo jornal Diário de São Paulo, intitulada A Moda e o Novo Homem. Estudos estes que, no dia 18 de outubro do mesmo ano, culminaram, com a chamada Experiência n° 3, "arroubo" estilístico de Flávio que percorreu as ruas do centro da capital paulista vestindo o que ele propunha ser uma vestimenta mais adequada ao homem dos trópicos, batizada por ele de Traje de Verão (foto abaixo). Questionável o traje, inquestionável a arrojada postura do polêmico artista e pensador. Flávio de Carvalho, literalmente, causando no centro de Sampa em plena década de 50. It boy é isso aí! Pós esta brevíssima introdução a esta emblem

Ser criança.

Hoje, 12 de outubro, comemora-se o Dia das Crianças. Data comercial ou não, fato é que, de um modo geral, todos temos um carinho especial por esse dia. Talvez seja porque a infância - além de fazer parte da vida de absolutamente todos que nascem em cima dessa Terra -costuma ter, para os que já saíram dela, uma certa aura de "lugar sagrado" para aonde gostaríamos de voltar quando a vida adulta parece pesada demais. Daí que, no dia de hoje, ficamos todos um pouco nostálgicos da própria infância. Quem tem filhos, obviamente, se emociona por ver a criança que foi rediviva, ali, naquele outro ser. Quem não os tem, relembra seus tempos de pequeno. Coloca no perfil do Facebook uma fotinho de si mesmo desdentado, brincando na areia da praia, apagando as velinhas de um bolo de aniversário num look vintage, fazendo arte com a mangueira no quintal, arrumadinho  no uniforme da escola ou outra situação da época em que não havia contas pra pagar... Eu, definitivamente, não