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1997

Em junho de 1997 Jurassik Park estreava nos cinemas e Spielberg ficava um pouco mais rico, mesmo não estando em um de seus melhores momentos. No mês seguinte, a empregada doméstica Célia tinha seu segundo filho, sozinha, num minúsculo quartinho e,em seguinda, abandonava-o numa calçada, próximo ao lixo, sendo promovida desta forma a personagem de execração pública nacional. No futebol, Pelé tentava aprovar um pacote de medidas que, entre outras coisas, acabava com a lei do passe. O Rio de Janeiro se preparava para a visita do Papa João Paulo II. A atriz Vera Fischer perdia na justiça a guarda de seu filho com o também ator Felipe Camargo. José Saramago publicava Todos os Nomes, mais um na sua lista aparentemente infinita de ótimos livros.
Enquanto tudo isto – e muito mais – acontecia, eu estava fazendo o quê? Quantos navios eu fiquei a ver passar em 1997? Dezenas, de certo. Talvez centenas. Fato é que, sei lá, me deram um boa noite Cinderela qualquer que me fez dormir acordada. Era época de fazer tudo e eu não fiz nada. O momento crucial, a hora H. Foi dada a largada e eu perguntei “hein?”.
Dormi no ponto. Fiquei vendo a banda passar. Perdi o bonde da história. Um camarão que dormiu na praia e a onda arrastou. Dormi de touca. Enfim. Todos foram e eu fiquei.
1997. Onze anos se passaram, mas ainda vivo as conseqüências do meu sono fora de hora. Será que dá pra reverter o prejú?

Comentários

Cavaleiro disse…
Da sim!

Aposte na primeira pessoa, conjulgue eu... esqueça o resto...

Abraço de um Gentileza.
http://blogdagentileza.blogspot.com/
Lélia Campos disse…
Pode parar!!! Em 1997 você me conheceu!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
lulooker disse…
Verdade né Catarina?!!! Bom pelo menos pra alguma coisa serviu o ano então...rsrs

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