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Resgatando as origens

Hoje estava lendo uma materia sobre mais uma onda da internet, um lance aí que nem decorei o nome, mas é um esquema novo de se relacionar pela rede. Na referida matéria o autor fazia uma refelxão sobre como os blogs vem perdendo sua característica original de diário virtual, de desabafo compartilhado. Ultimemente os blogueiros se levam muito a sério, os blogs estão profissionalizados, sérios, devem ter conteúdos preestabelecidos, links úteis, programação visual arrojada, necessidade de atender x números de acessos, espaços publicitários e uma infinidade de outras características que, de certa forma, fizeram com que se perdesse ou ao menos se diluísse sua vocação primeira...
Isso me fez pensar aqui no meu humilde Água... Nas muitas vezes em que me preocupe em que ele tenha um "conteúdo", uma "qualidade", nos posts que deixo de escrever por achar que são apenas devaneios egotrípicos indginos de serem publicados. Na verdade, não devo mesmo levar isto tão a sério! Este blog é apenas mais um entre 1 234 987 45 espalhados pela rede ao redor do mundo. Lido por uma meia dúzia de amigos/conhecidos que - sei lá por que motivo - se interessam de alguma forma pela coisas que eu eventualmente possa pensar a respeito deste ou daquele assunto. Mas, no fundo, no fundo, é mesmo só um desabafo, uma prazer, uma maneira de colocar pra fora pensamentos que me passam pela cabeça todos os dias e que não tenho ocasião, ou mesmo vontade, de verbalizar. Só isso. Tudo isso. Me sinto "aliviada". Descobri que um blog é só um blog. Não é nada demais. Não é nada importante, ou pelo menos não tem que ser. Portanto, inúmeros, informo que, a partir de agora, estou pouco me importando com conteúdo, formato, rítmo, frequência, relevância do assunto, vou postar aqui tão somente o que me der na telha (desde que não seja segredo de estado, ofensivo ou muito vexatório, claro) e ponto final. Quem estiver procurando qualidade literária ou utilidade pública que vá ler Saramago ou comprar um JT.

Comentários

Lélia Campos disse…
Ahahahahah!!! É isso aí Lú!! Um blog é só um blog!!! As vezes me sinto intimidada de colocar coisas em meu blog que só me dizem respeito, mas só blogando é que vou saber se só me dizem respeito mesmo, né? Eu adoro ler o que escreve, estou sempre passando por aqui. Já que está tão difícil nos encontrarmos pra papear pessoalmente, tento me contentar com o que é possível.
Anônimo disse…
suas sugestões, no final do texto, mostram que vc segue um caminho beeeeem bom. Realmente Saramago e JT estão entre as melhores leituras

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Queridos inúmeros. Isto não é um post formal.É só um desabafo que escrevo aqui para que vocês sejam testemunhas. Inúmeras testemunhas: Quero que um raio caia na minha cabeça e me tranforme num mico leão dourado vendido ilegalmente para uma família de esquimós sádicos se eu fizer isso de novo!! Obrigada pela atenção dispensada. Beijos a todos.

1997

Em junho de 1997 Jurassik Park estreava nos cinemas e Spielberg ficava um pouco mais rico, mesmo não estando em um de seus melhores momentos. No mês seguinte, a empregada doméstica Célia tinha seu segundo filho, sozinha, num minúsculo quartinho e,em seguinda, abandonava-o numa calçada, próximo ao lixo, sendo promovida desta forma a personagem de execração pública nacional. No futebol, Pelé tentava aprovar um pacote de medidas que, entre outras coisas, acabava com a lei do passe. O Rio de Janeiro se preparava para a visita do Papa João Paulo II. A atriz Vera Fischer perdia na justiça a guarda de seu filho com o também ator Felipe Camargo. José Saramago publicava Todos os Nomes, mais um na sua lista aparentemente infinita de ótimos livros. Enquanto tudo isto – e muito mais – acontecia, eu estava fazendo o quê? Quantos navios eu fiquei a ver passar em 1997? Dezenas, de certo. Talvez centenas. Fato é que, sei lá, me deram um boa noite Cinderela qualquer que me fez dormir acordada. Era époc...

THANK YOU

Ah, não posso encerrar o ano sem agradecer nominalmente aos meus principais leitores, aqueles que - dentre todos os meu inúmeros leitores, passam por aqui com frequência e deixam (às vezes) seus comentários. Fabinho Chiorino: mentor e colaborador de um dos blogs mais bacanas da net, o Haja Saco. Obrigada pelas dicas e críticas desde o começo do Água. Lélia Campos: amiga linda, inteligente e super culta e cabeça, autora do blog Um Certo Olhar, mata a gente de inveja de tantos livros que leu, tantos discos que ouviu... Ricardo Bárbaro: figurinha ímpar, músico, performer, futuro advogado, do Blog da Gentileza (para o qual me permitiu fazer algumas colaborações e até fez uma citação do meu "inúmeros", rs), faz tempo que não deixa um comment, mas sei que passa sempre por aqui. A vocês meu grande carinho e muito obrigada.