Para quem não sabe do que se trata, favor voltar um pouquinho nas postagens e porcurar pelas partes I e II. Obrigada.
No começo é quase impossível acreditar que você será capaz de fazer um percurso simples, mesmo num bairro tranquilo, sem bater em algum poste, atropelar alguém, ou mesmo infartar, tamanho o nervosismo e inabilidade com o carro.
Aos poucos aquele sensação de "ei, não foi tão ruim assim" vai aumentando e você vai ficando mais confiante, semana após semana, você nota os progressos. Os percursos vão aumentando, a velocidade também, as marchas vão sendo trocadas 1°, 2°, 3° oooops 4°? 5° ??!! Eu, em 5°?!!
De repente, eis você na Radial Leste, 23 de Maio, se achando o máximo. Neste processo, existem as recaídas, aquelas aulas que são péssimas, nas quais você tem certeza de que desaprendeu tudo... Mas, nada como um dia após o outro, com doses de muita perseverança. Aquela cena de você dirigindo sozinha e confiante por aí, já não parece tanto com um filme de ficção científica.
Eis que a teraupeta declara que você está, enfim, pronta para passar para a segunda fase do tratatamento: as tarefas. As tarefas consistem em fazer pequenos percursos, todos os dias, sozinha,com o seu próprio carro. Longe da proteção do carro da clínica, sem AT`s por perto... Parece fácil, mas, acreditem, para um fóbico em tratamento não é MESMO. Você que até ontem estava pagando de gatinha na Juscelino Kubitschek volta a tremer na base para dar uma simples volta no quarteirão. Toda a insegurança volta e cumprir as tarefas diárias parece uma tortura. Esta recaída é comum e já esperada pelo psicólogo nesta fase do tratamento, é aí que a gente vai lutar não contra a falta de técnica, de domínio mecânico do carro, mas sim com a gente mesmo. Tudo vem à tona. Vou atrapalhar os outros na rua? Será que vão ficar me olhando? O carro vai morrer? O que eu vou fazer diante de uma situação inesperada, vou ter agilidade pra sair?
Ligar o carro, sair da garagem, o coração dispara.
Continua...
No começo é quase impossível acreditar que você será capaz de fazer um percurso simples, mesmo num bairro tranquilo, sem bater em algum poste, atropelar alguém, ou mesmo infartar, tamanho o nervosismo e inabilidade com o carro.
Aos poucos aquele sensação de "ei, não foi tão ruim assim" vai aumentando e você vai ficando mais confiante, semana após semana, você nota os progressos. Os percursos vão aumentando, a velocidade também, as marchas vão sendo trocadas 1°, 2°, 3° oooops 4°? 5° ??!! Eu, em 5°?!!
De repente, eis você na Radial Leste, 23 de Maio, se achando o máximo. Neste processo, existem as recaídas, aquelas aulas que são péssimas, nas quais você tem certeza de que desaprendeu tudo... Mas, nada como um dia após o outro, com doses de muita perseverança. Aquela cena de você dirigindo sozinha e confiante por aí, já não parece tanto com um filme de ficção científica.
Eis que a teraupeta declara que você está, enfim, pronta para passar para a segunda fase do tratatamento: as tarefas. As tarefas consistem em fazer pequenos percursos, todos os dias, sozinha,com o seu próprio carro. Longe da proteção do carro da clínica, sem AT`s por perto... Parece fácil, mas, acreditem, para um fóbico em tratamento não é MESMO. Você que até ontem estava pagando de gatinha na Juscelino Kubitschek volta a tremer na base para dar uma simples volta no quarteirão. Toda a insegurança volta e cumprir as tarefas diárias parece uma tortura. Esta recaída é comum e já esperada pelo psicólogo nesta fase do tratamento, é aí que a gente vai lutar não contra a falta de técnica, de domínio mecânico do carro, mas sim com a gente mesmo. Tudo vem à tona. Vou atrapalhar os outros na rua? Será que vão ficar me olhando? O carro vai morrer? O que eu vou fazer diante de uma situação inesperada, vou ter agilidade pra sair?
Ligar o carro, sair da garagem, o coração dispara.
Continua...
Comentários
Entrei aqui no seu blog e estou adorando o que vc escreve. Pode ter certeza que seguirei o seu blog.
Ah! Eu sou do MP After Dark!
E compartilho com vc o meu medo de dirigir. Será que vc poderia me indicar esse curso?