Pular para o conteúdo principal

Hopes and Fears - Parte III

Para quem não sabe do que se trata, favor voltar um pouquinho nas postagens e porcurar pelas partes I e II. Obrigada.



No começo é quase impossível acreditar que você será capaz de fazer um percurso simples, mesmo num bairro tranquilo, sem bater em algum poste, atropelar alguém, ou mesmo infartar, tamanho o nervosismo e inabilidade com o carro.

Aos poucos aquele sensação de "ei, não foi tão ruim assim" vai aumentando e você vai ficando mais confiante, semana após semana, você nota os progressos. Os percursos vão aumentando, a velocidade também, as marchas vão sendo trocadas 1°, 2°, 3° oooops 4°? 5° ??!! Eu, em 5°?!!

De repente, eis você na Radial Leste, 23 de Maio, se achando o máximo. Neste processo, existem as recaídas, aquelas aulas que são péssimas, nas quais você tem certeza de que desaprendeu tudo... Mas, nada como um dia após o outro, com doses de muita perseverança. Aquela cena de você dirigindo sozinha e confiante por aí, já não parece tanto com um filme de ficção científica.

Eis que a teraupeta declara que você está, enfim, pronta para passar para a segunda fase do tratatamento: as tarefas. As tarefas consistem em fazer pequenos percursos, todos os dias, sozinha,com o seu próprio carro. Longe da proteção do carro da clínica, sem AT`s por perto... Parece fácil, mas, acreditem, para um fóbico em tratamento não é MESMO. Você que até ontem estava pagando de gatinha na Juscelino Kubitschek volta a tremer na base para dar uma simples volta no quarteirão. Toda a insegurança volta e cumprir as tarefas diárias parece uma tortura. Esta recaída é comum e já esperada pelo psicólogo nesta fase do tratamento, é aí que a gente vai lutar não contra a falta de técnica, de domínio mecânico do carro, mas sim com a gente mesmo. Tudo vem à tona. Vou atrapalhar os outros na rua? Será que vão ficar me olhando? O carro vai morrer? O que eu vou fazer diante de uma situação inesperada, vou ter agilidade pra sair?
Ligar o carro, sair da garagem, o coração dispara.

Continua...

Comentários

Renata disse…
Luciana,

Entrei aqui no seu blog e estou adorando o que vc escreve. Pode ter certeza que seguirei o seu blog.

Ah! Eu sou do MP After Dark!

E compartilho com vc o meu medo de dirigir. Será que vc poderia me indicar esse curso?
Juliana disse…
Oi Luciana, como comentou a Renata, também tenho medo de dirigir e especialmente nos posts sobre o assunto adorei os textos....tenho as mesmas dificuldades e me identifiquei completamente....gostaria de saber novidades sobre seu progressos....bjos

Postagens mais visitadas deste blog

Criando Filhos - Parte II

No texto anterior fornecemos algumas dicas simples e preciosas para mães preocupadas com o futuro de seus rebentos. Mostramos como, já a partir da primeira infância, devemos direcionar meninos e meninas no caminho de uma idade adulta próspera e feliz. Hoje abordaremos os procedimentos a serem adotados naquela que talvez seja a fase decisiva para definir se seus filhos serão ou não loosers: a adolescência. Dos 12 aos 15 anos: Seus filhos já não são mais crianças e começam a delinear uma personalidade. É o momento em que começam a manifestar vontades próprias disto e daquilo, a reinvindicar o direito de escolha sobre o que vestir, o que comer, aonde ir, etc. Atenção, é preciso usar muita estratégia nesta fase, sob o risco de botar todo o esforço feito até aqui a perder!! Você, evidentemente, não pode deixar que seus filhos façam tudo o que quiserem, todavia, se proibir tudo de forma autoritária, o feitiço pode virar contra o feiticeiro e, revoltados, eles podem fazer tudo de pior só par...

Um case imobiliário ou De como todo mundo mora "bem" e eu também quero morar.

Olá inúmeros! Não sei quanto a vocês, mas tenho notado algo muito interessante em todos os eventos dos quais participo nesta nossa gloriosa cidade de São Paulo, sejam eles artísticos, modísticos, baladísticos, gastronômicos ou esportivos. Todas as pessoas com quem converso moram em Pinheiros, Vila Madalena, Jardins, Perdizes ou - estourando - Pompéia. Fico pensando, se nossa cidade tem mais de onze milhões de habitantes e tá todo mundo concentrado nesses bairros, bem, é estranho que suas ruas não se assemelhem ao  mais clichê retrato de Bombaim! Também me pergunto de onde é toda aquela gente que congestiona as vias que ligam os outros bairros da cidade? E aquele povo todo espremido nos ônibus, metrôs e trens?  Seguramente são marcianos que, com a globalização atingindo níveis integalácticos, vêm diariamente trabalhar em São Paulo.  A questão é, trata-se somente de uma grande coincidência (as pessoas vivem nos referidos bairros mesmo, sim porque sim) ou você só é descol...

Isto não é um post

Queridos inúmeros. Isto não é um post formal.É só um desabafo que escrevo aqui para que vocês sejam testemunhas. Inúmeras testemunhas: Quero que um raio caia na minha cabeça e me tranforme num mico leão dourado vendido ilegalmente para uma família de esquimós sádicos se eu fizer isso de novo!! Obrigada pela atenção dispensada. Beijos a todos.