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Perdas e dúvidas

Boa noite inúmeros. Este post vem complementar, de certa forma, o post anterior. Não que eu tivesse planejado esta "continuação", ela ocorre naturalmente pela necessidade de falar hoje sobre coisas que se relacionam com o que escrevi antes.
Quando nos deparamos frente-a-frente com a morte, pensamos mais sobre a vida, sobre as coisas da vida. Ontem falei sobre a felicidade, hoje foi um dia triste e acho mesmo que precisarei de mais do que 30 minutos para voltar a ser feliz... Uma pessoa partiu para aquele lugar que ninguém sabe ao certo onde é, como é. A sua partida fez sangrar muitos corações, corações que eu amo. Partidas e chegadas são o ciclo natural da vida, todos sabemos disto, mas as partidas poucas vezes nos parecem justas,muitas vezes nos parecem mesmo inaceitáveis. Um dia partirei também, até lá como terei vivido a minha vida? Terei amado o suficiente? Terei sorrido o suficiente? Terei estado suficientemente perto das pessoas que amo? Terei valorizado àquelas que me amam? Terei, finalmente, aprendido a me amar? Saberei o que é a verdadeira coragem: lutar até o fim em guerras já sabidamente perdidas, ou ser bravo o bastante para viver dignamente com a consciência destas perdas?
Hoje é um dia triste. Hoje a minha solidão é mais profunda. Hoje me dói mais a distância, a indiferença, o medo, a vergonha, a culpa, o cansaço. É tudo tão, tão maior do que eu neste momento. Leminski escreveu algo que adoro, mas não sei bem o que significa "não discuto com destino/o que pintar eu assino". Talvez eu venha discutindo muito com o destino até aqui... Não sei. Só sei que não quero uma vida repleta de nadas.

Quero agradecer sinceramente a todos que tem passado por aqui e, sobretudo, aos que deixaram seus comentários. Obrigada de verdade pelo carinho de vocês.
Desculpem pelo post, meio deprê para um sábado a noite. Mas hoje não deu pra ser diferente. Que venha o amanhã.

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