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Casos de paixão atendidos pelo SUS.




A  paixão deveria ser atendida pelo SUS. Deveria constar na lista da OMS, aquela lista das doenças reconhecidas como tal.  No guia médico do convênio, antes da especialidade Pediatria, deveria vir Paixologia.  Também não deveria ser motivo de choque, alguém dar entrada num P.S alegando uma crise de paixão aguda, até mesmo porque quantas crises gástricas, tremores repentinos, descompassos cardíacos, suores inexplicados e dores de cabeça sem causa aparente não são, no fundo, sintomas de uma paixão?
A paixão está longe de ser um estado natural do ser humano, é impossível alguém passar a vida toda apaixonado como cantam alguns românticos. A pessoa pode amar por toda a vida, mas estar apaixonado por toda a vida significaria, muito provavelmente, uma vida curta. Um sujeito eternamente apaixonado, não chegaria aos 70.  Estar apaixonado é fisicamente desgastante, seus níveis de adrenalina estão 24 horas por dia no alto, seu coração acelerado, seu apetite alterado, seu sono agitado, sua ansiedade exacerbada.  A paixão é uma grande fonte de stress físico e emocional.  Não há quem agüente por muito tempo.
Por isso toda paixão acaba, tem que acabar.  Para que um casal possa criar uma vida juntos, dentro de um mínimo de paz e tranqüilidade, esta loucura insalubre precisa ser substituída por outra(s) coisa(s): amor, admiração, respeito, carinho... Nem por isto deixará de existir tesão, desejo, mas ele virá em ondas, ora mais fortes, ora mais fracas, ora marolinhas, ora um paredão gigante para surfar, mas não mais o interminável tsunami característico do estado de paixão.
E se a paixão for solitária, via de mão única. Então, aí, deve  ser mesmo uma caso para UTI. O sujeito fica lá, recebendo um tratamento até se desintoxicar completamente da loucura. Sim, porque produzir tanto cortisol, perder a concentração nas tarefas cotidianas e viver dias de freak show à toa, ninguém merece. Nem o Lalau, nem o Sérgio Naia.
Fato é que, deste mal  ninguém esta imune, seja qual for sua idade, credo, localização geográfica ou saldo bancário.
Só não acho que a ciência deva investir numa vacina anti-paixão já que, apesar de toda esta insalubridade, acho que pouquíssima gente iria querer se vacinar.

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