O Jornal da Tarde publicou hoje, em seu caderno Link, uma breve, mas muito interessante entrevista com o jornalista e especialista em tecnologia da informação Nicholas G. Carr que acaba de lançar, nos EUA, o livro The Shallows - What the Internet is Doing to our Brains (por enquanto sem previsão de lançamento por aqui) e coloca mais lenha na fogueira da acalorada - e pertinente - discussão: a internet estaria "emburrecendo" o homem?
Estudos e mais estudos têm sido feitos por gente muito séria na tentativa de provar que sim e outros tantos estudos têm sido feitos, também por gente séria a beça, para provar exatamente o contrário, de modos que o assunto está longe de se esgotar.
Sem uma opinião rigorasamente definida sobre o tema, confesso que o assunto me atrai e o livro de Carr levanta alguns pontos importantes. O principal deles é que a velocidade e a simultaneidade da rede estariam remodelando nossas funções neurais e tornando o homem cada vez mais superficial e incapaz de se focar inteiramente em uma coisa só. Em suma, somos capazes de fazer trinta coisas ao mesmo tempo, mas tudo "pela metade".
Não sou nenhuma pesquisadora de Harvard, mas em minhas humildes observações de garota latino-americana, sem dinheiro no bolso, percebo que isto faz muito sentido. Agora mesmo, enquanto escrevo este post: estou conectada ao MSN, onde converso com duas pessoas, enquanto janelinhas pululam com avisos de que fulano e cricrano acabam de se conectar; meu Twitter está aberto e, embora não esteja tuitando, fico atualizando a página de tempos em tempos para ver se aparece algo de interessante; meu Outlook está aberto, pois espero por respostas de mensagens enviadas, não recebo exatamente estas respostas, mas sim outros e-mails que levam a abrir tal arquivo ou clicar em certo link; em outro site, busco a imagem que ilustra este post... Enfim, se eu não estivesse em meio a este "engarrafamento" de conteúdo, será que não escreveria um texto melhor? Mais elaborado, mais crítico ou profundo?
Não foi exatament Mr. Carr que colocou esta pulguinha atrás da minha orelha, já até escrevi sobre algo parecido no ano passado, empiricamente claro (http://lulooker.blogspot.com/2009/09/ola-inumeros.html), mas ela ficou mais saltitante após ler esta entrevista! Espero que o livro seja lançado logo por aqui.
E vocês, inúmeros leitores, o que pensam a respeito do assunto?
Para quem quiser ler a entrevista:
http://blogs.estadao.com.br/link/trafego-intenso/
Sem uma opinião rigorasamente definida sobre o tema, confesso que o assunto me atrai e o livro de Carr levanta alguns pontos importantes. O principal deles é que a velocidade e a simultaneidade da rede estariam remodelando nossas funções neurais e tornando o homem cada vez mais superficial e incapaz de se focar inteiramente em uma coisa só. Em suma, somos capazes de fazer trinta coisas ao mesmo tempo, mas tudo "pela metade".
Não sou nenhuma pesquisadora de Harvard, mas em minhas humildes observações de garota latino-americana, sem dinheiro no bolso, percebo que isto faz muito sentido. Agora mesmo, enquanto escrevo este post: estou conectada ao MSN, onde converso com duas pessoas, enquanto janelinhas pululam com avisos de que fulano e cricrano acabam de se conectar; meu Twitter está aberto e, embora não esteja tuitando, fico atualizando a página de tempos em tempos para ver se aparece algo de interessante; meu Outlook está aberto, pois espero por respostas de mensagens enviadas, não recebo exatamente estas respostas, mas sim outros e-mails que levam a abrir tal arquivo ou clicar em certo link; em outro site, busco a imagem que ilustra este post... Enfim, se eu não estivesse em meio a este "engarrafamento" de conteúdo, será que não escreveria um texto melhor? Mais elaborado, mais crítico ou profundo?
Não foi exatament Mr. Carr que colocou esta pulguinha atrás da minha orelha, já até escrevi sobre algo parecido no ano passado, empiricamente claro (http://lulooker.blogspot.com/2009/09/ola-inumeros.html), mas ela ficou mais saltitante após ler esta entrevista! Espero que o livro seja lançado logo por aqui.
E vocês, inúmeros leitores, o que pensam a respeito do assunto?
Para quem quiser ler a entrevista:
http://blogs.estadao.com.br/link/trafego-intenso/
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