O que virá depois?
Em Mondo Cane Patton surpreende de novo.
Inquieto. Talvez seja uma boa palavra para descrever Mike Patton já que enquadrá-lo em qualquer definição é tarefa das mais difíceis. Chamado de gênio por muitos, este americano tem se mostrado nos últimas 20 anos, mais que “o homem das mil vozes”, o homem das mil e uma facetas.
Começou sua carreira na banda de rock alternativo Mr Bungle em 1984, no início da década de de 90 ficou mundialmente conhecido como vocalista do Faith no More e, de lá para cá, é até difícil contar os inúmeros e variadíssimos projetos em que se envolveu: Fantômas, Tomahowk, Peeping Tom, Lovage, trilhas de filmes e games, a lista é imensa. Em meio a isto tudo, fundou sua própria gravadora - a Ipeecac Recording – pela qual lança agora o que, para muitos, vem a ser a maior das esquisitices musicais de Mr Patton, o álbum Mondo Cane, no qual acompanhando de orquestra e coro faz uma releitura de canções italianas populares das décadas de 50 e 60.
O resultado é surpreendente. Ao contrário do que se poderia esperar de um músico afeito a experimentalismos, Mike respeita os arranjos originais das canções, o que está longe de significar que temos um disco apenas para alegrar nossas mães no almoço de domingo. O músico realça em cada faixa o que lhe parece essencial, o que seria a alma da música. Assim temos “Che Notte” numa interpretação um tanto canastrona; a dramaticidade quase cinematográfica da orquestra em “ Il cielo in uma stanza”; o romantismo sexy que flerta com o jazz em “Ore D`amoré”. Um dos pontos altos do disco é a versão da música “Deep Down” do compositor Enio Morricone (de quem Mike é fã declarado). Originalmente trilha do filme cult Danger Dibolik, torna-se aqui uma daquelas músicas que incontrolavelmente você se pegará cantarolando dias e dias. E – como ninguém é de ferro - há espaço para um pouco de peso rock `n roll em “Urlo Negro”.
Os vocais de Mike são um capítulo à parte. Brinca com os timbres, alterna momentos de voz mansa, delicada a outros sombrios. Ora é rouco, ora vai para um falsete descarado, tudo com extremo domínio de seu principal instrumento e a afinação impecável que nem mesmo seus detratores conseguem ver falhar.
Em entrevista ao site de música Noisecreep Mike declarou “ Se você gosta de música orquestrada e tem um coração na porra do seu peito, vai gostar deste disco” , pode ser que não goste, mas ouvindo Mondo Cane fica difícil duvidar que Mike Patton não seja capaz de fazer qualquer tipo de música a que se proponha.
Em Mondo Cane Patton surpreende de novo.
Inquieto. Talvez seja uma boa palavra para descrever Mike Patton já que enquadrá-lo em qualquer definição é tarefa das mais difíceis. Chamado de gênio por muitos, este americano tem se mostrado nos últimas 20 anos, mais que “o homem das mil vozes”, o homem das mil e uma facetas.
Começou sua carreira na banda de rock alternativo Mr Bungle em 1984, no início da década de de 90 ficou mundialmente conhecido como vocalista do Faith no More e, de lá para cá, é até difícil contar os inúmeros e variadíssimos projetos em que se envolveu: Fantômas, Tomahowk, Peeping Tom, Lovage, trilhas de filmes e games, a lista é imensa. Em meio a isto tudo, fundou sua própria gravadora - a Ipeecac Recording – pela qual lança agora o que, para muitos, vem a ser a maior das esquisitices musicais de Mr Patton, o álbum Mondo Cane, no qual acompanhando de orquestra e coro faz uma releitura de canções italianas populares das décadas de 50 e 60.
O resultado é surpreendente. Ao contrário do que se poderia esperar de um músico afeito a experimentalismos, Mike respeita os arranjos originais das canções, o que está longe de significar que temos um disco apenas para alegrar nossas mães no almoço de domingo. O músico realça em cada faixa o que lhe parece essencial, o que seria a alma da música. Assim temos “Che Notte” numa interpretação um tanto canastrona; a dramaticidade quase cinematográfica da orquestra em “ Il cielo in uma stanza”; o romantismo sexy que flerta com o jazz em “Ore D`amoré”. Um dos pontos altos do disco é a versão da música “Deep Down” do compositor Enio Morricone (de quem Mike é fã declarado). Originalmente trilha do filme cult Danger Dibolik, torna-se aqui uma daquelas músicas que incontrolavelmente você se pegará cantarolando dias e dias. E – como ninguém é de ferro - há espaço para um pouco de peso rock `n roll em “Urlo Negro”.
Os vocais de Mike são um capítulo à parte. Brinca com os timbres, alterna momentos de voz mansa, delicada a outros sombrios. Ora é rouco, ora vai para um falsete descarado, tudo com extremo domínio de seu principal instrumento e a afinação impecável que nem mesmo seus detratores conseguem ver falhar.
Em entrevista ao site de música Noisecreep Mike declarou “ Se você gosta de música orquestrada e tem um coração na porra do seu peito, vai gostar deste disco” , pode ser que não goste, mas ouvindo Mondo Cane fica difícil duvidar que Mike Patton não seja capaz de fazer qualquer tipo de música a que se proponha.
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