Pular para o conteúdo principal

Rabiscos que riem

Quase todo mundo tem mania de rabiscar papel enquanto fala ao telefone, no meio de uma reunião, durante uma aula, etc. Mas, o meu caso é um tanto peculiar, eu tenho verdadeira compulsão por desenhar "carinhas sorridentes" em qualquer pedaço de papel que eu veja dando sopa por aí. Agora mesmo, há coisa de dois minutos, enquanto finalizava a sessão no site do banco desenhei uma carinha com a boca escancarada e ainda por cima dando tchau aqui num bloquinho de recados. O que será que isto significa hein? Quem explica, Freud? Mas já que ele não está mais entre nós, alguém se candidata?
Talvez não signifique nada, eu que tenho o hábito de querer achar um sentido, um porquê pra tudo. Mas, inúmeros, pensem bem: eu poderia fazer quadrados, círculos, rabiscos aleatórios, ondas, estrelinhas (às vezes até faço, mas é muito de vez em quando) mas não! Some-se um pedaço qualquer de papel em branco na minha frente, uma caneta e alguns segundos de tempo ocioso e pimba as criaturinhas começar a surgir: olhinhos redondos e bem arregalados; boca grande e sorridente; outros detalhes variam bastante, às vezes tem narigão, as orelhas podem ser pontudas ou miudinhas, alguns são dentuções, muitas vezes tem cílios imensos, podem ser carecas ou ter cabelão e às vezes rola um corpo inteiro, às vezes só o tórax, maõs acenando são bastante recorrentes, ah, em geral são meio andróginas estas criaturas, às vezes batizo e coloco o nome ao lado do desenho. Se eu tivesse guardado todos os bonequinhos rabiscados nos pedacinhos de papel desde o começo, sei não, mas acho que dava pra forrar o gramado do Morumbi!
Pena eu não ter aqui um scanner pra poder mostrar um deles pra vocês, aí poderiam me dar uma opinião.
De qualquer forma, se alguém aí tiver feito algum curso de 'interpretação de raibiscos" e puder me dizer algo, agradeço. Quer dizer, se o significado for algo ruim aí prefiro nem saber!! Eu, do alto da minha leiguiçe no assunto, já aventei diversas possibilidades: vai ver que eu acho graça de tudo (mas não bate); vai ver eu sou uma otimista inveterada (hmmm, pode até ser); vai ver os bonequinhos são uma projeção de como eu gostaria de encara a vida, sorrindo e acenando o tamepo todo, tipo miss (será? aff. se for, to tão looonge disso). Enfim, no fundo o caso é uma grande bobagem, mas quis compartilhar com vocês.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Isto não é um post

Queridos inúmeros. Isto não é um post formal.É só um desabafo que escrevo aqui para que vocês sejam testemunhas. Inúmeras testemunhas: Quero que um raio caia na minha cabeça e me tranforme num mico leão dourado vendido ilegalmente para uma família de esquimós sádicos se eu fizer isso de novo!! Obrigada pela atenção dispensada. Beijos a todos.

1997

Em junho de 1997 Jurassik Park estreava nos cinemas e Spielberg ficava um pouco mais rico, mesmo não estando em um de seus melhores momentos. No mês seguinte, a empregada doméstica Célia tinha seu segundo filho, sozinha, num minúsculo quartinho e,em seguinda, abandonava-o numa calçada, próximo ao lixo, sendo promovida desta forma a personagem de execração pública nacional. No futebol, Pelé tentava aprovar um pacote de medidas que, entre outras coisas, acabava com a lei do passe. O Rio de Janeiro se preparava para a visita do Papa João Paulo II. A atriz Vera Fischer perdia na justiça a guarda de seu filho com o também ator Felipe Camargo. José Saramago publicava Todos os Nomes, mais um na sua lista aparentemente infinita de ótimos livros. Enquanto tudo isto – e muito mais – acontecia, eu estava fazendo o quê? Quantos navios eu fiquei a ver passar em 1997? Dezenas, de certo. Talvez centenas. Fato é que, sei lá, me deram um boa noite Cinderela qualquer que me fez dormir acordada. Era époc...

THANK YOU

Ah, não posso encerrar o ano sem agradecer nominalmente aos meus principais leitores, aqueles que - dentre todos os meu inúmeros leitores, passam por aqui com frequência e deixam (às vezes) seus comentários. Fabinho Chiorino: mentor e colaborador de um dos blogs mais bacanas da net, o Haja Saco. Obrigada pelas dicas e críticas desde o começo do Água. Lélia Campos: amiga linda, inteligente e super culta e cabeça, autora do blog Um Certo Olhar, mata a gente de inveja de tantos livros que leu, tantos discos que ouviu... Ricardo Bárbaro: figurinha ímpar, músico, performer, futuro advogado, do Blog da Gentileza (para o qual me permitiu fazer algumas colaborações e até fez uma citação do meu "inúmeros", rs), faz tempo que não deixa um comment, mas sei que passa sempre por aqui. A vocês meu grande carinho e muito obrigada.