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Dito por outras palavras

" A vida inteira eu fui o tipo de pessoa em quem as pessoas confiam. E a vida interia senti-me envaidecida por isso - grata pela sensação de importância que se sente quando recebemos uma informação privilegiada. Nos últimos anos, entretanto, eu percebi que minha gratificação está dando lugar a uma certa indignação. Por que, eu me vejo perguntando mentalmente ao meus confidentes, você está contando isso pra mim? É óbvio que eu sei por quê. Eles me contam porque me consideram inofensiva. (...) todos eles, me fazem suas confidências com o mesmo espírito que fariam a um castrado oua um padre - com a idéia de que eu estou tão fora do jogo, tão afastada das coisas do mundo, que não represento nenhuma ameaça. O número de segredos que ouço está na proporção inversa do número de segredos que as pessoas esperam que eu possua. E esta é a verdadeira causa do meu aborrecimento. O fato de me contarem segredos não é - nem nunca foi - uma sinal de que me encaixo ou importo. É justamente o contrário: a confirmação da minha irrelevância."

(Trecho do livro Anotações sobre um escândalo de Zoë Heller)

Quando li isso senti um baque.

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