Pular para o conteúdo principal

Da minha boca não sai!

Frases que você nunca vai me ouvir dizer, pelo menos não enquanto eu estiver de posse de todas as minhas faculdades mentais:

- Ah! É lindo, mas eu não posso aceitar...
Gente, se a pessoa está querendo me dar o presente, e ainda por cima, o presente é maravilhoso, é óbvio que eu vou aceitar! Se o presenteador em questão tiver segundas, ou até terceiras intenções, o problema é dele. Presente dado passa a ser meu, não devo nada a ninguém, quis me dar...


- Eu estou bem, fico feliz por vocês.
Fico feliz por vocês uma ova! Me deixa na rua da amargura, com o coração estraçalhado, me troca por uma biscate qualquer e eu ainda tenho que ficar feliz?! Totalmente fora de cogitação. Se tiver que dar certo que dê, mas não conte com a minha torcida. Não tenho sangue de barata.

- Adoro acampar!
Ok. Pode me chamar de fresca, metida, o que quiser. O fato é que um lugar que não tenha banheiro com água quentinha a no máximo 10 metros de uma cama com colchão e traveseiro de verdade onde eu possa dormir a uma distância segura de bichinhos nojentos tais como baratinhas, lagartinhos, besourinhos, pererequinhas e afins, não pode ser considerado um passeio. No máximo, posso tomar uma experiência deste tipo como uma provação necessária para atingir um nível espiritual mais elevado. Mas, pensando bem, se for pra fazer programa hare krishna melhor ir logo pra Índia!

- Hmm, esta azeitona está deliciosa.
Já tentei de todas as formas. Picadinha no meio de alguma preparação, no molho, disfarçada dentro da carne. Não tem jeito, minhas papilas gustativas tem total intolerência àquela coisinha verde (ou preta), arghhh!! Vontade imediata de cuspir. Provavelmente sou o único ser humano que não gosta de azeitonas, mas ninguém é perfeito.

- Liga a TV, vai começar o Big Brother!!
Não quero fazer pose de pseudocultachatacontratudoetodos mas gente, este tipo de aberração televisiva é mais do que eu posso suportar. Um programa que não cumpre nenhuma função: não me entretém, não me instrui, não me dá dinheiro, não me faz rir... No máximo me dá vontade de chorar ver um cara que cobriu a queda do Muro de Berlin chamando de “heróis” um monte de peitos e bundas e bíceps que se acham celebridades brigando entre si para ver se viram celebridades com dinheiro. Não. Não dá pra mim.

- Não, obrigada.
Ao me oferecerem batata frita. Nem precisa explicar, né?

Comentários

Flávia D. disse…
Me lembrei de um episódio de Sex and The City que a Carrie fala pro Mr.Big: "Espero que vocês sejam felizes" e ele diz: "Verdade?" e ela: "Não"!! hehehe...é bem isso mesmo... Ninguém depois de ser largada vai desejar felicidade à alguém. Tbém não diria a maioria das frases, mas adoro azeitonas..
bjos e bom dimingo pra ti!
Anônimo disse…
excelente, Lu. Preciso deixar registrado aqui tb o elogio. Com a ironia na medida mais do que certa. Vida longa ao novo formato (editorial e visual) do blog
Unknown disse…
só não falaria das azeitonas (são tão gostosas!!)e do acampamento...o resto sairia da minha boca tbm!

Postagens mais visitadas deste blog

Isto não é um post

Queridos inúmeros. Isto não é um post formal.É só um desabafo que escrevo aqui para que vocês sejam testemunhas. Inúmeras testemunhas: Quero que um raio caia na minha cabeça e me tranforme num mico leão dourado vendido ilegalmente para uma família de esquimós sádicos se eu fizer isso de novo!! Obrigada pela atenção dispensada. Beijos a todos.

1997

Em junho de 1997 Jurassik Park estreava nos cinemas e Spielberg ficava um pouco mais rico, mesmo não estando em um de seus melhores momentos. No mês seguinte, a empregada doméstica Célia tinha seu segundo filho, sozinha, num minúsculo quartinho e,em seguinda, abandonava-o numa calçada, próximo ao lixo, sendo promovida desta forma a personagem de execração pública nacional. No futebol, Pelé tentava aprovar um pacote de medidas que, entre outras coisas, acabava com a lei do passe. O Rio de Janeiro se preparava para a visita do Papa João Paulo II. A atriz Vera Fischer perdia na justiça a guarda de seu filho com o também ator Felipe Camargo. José Saramago publicava Todos os Nomes, mais um na sua lista aparentemente infinita de ótimos livros. Enquanto tudo isto – e muito mais – acontecia, eu estava fazendo o quê? Quantos navios eu fiquei a ver passar em 1997? Dezenas, de certo. Talvez centenas. Fato é que, sei lá, me deram um boa noite Cinderela qualquer que me fez dormir acordada. Era époc...

THANK YOU

Ah, não posso encerrar o ano sem agradecer nominalmente aos meus principais leitores, aqueles que - dentre todos os meu inúmeros leitores, passam por aqui com frequência e deixam (às vezes) seus comentários. Fabinho Chiorino: mentor e colaborador de um dos blogs mais bacanas da net, o Haja Saco. Obrigada pelas dicas e críticas desde o começo do Água. Lélia Campos: amiga linda, inteligente e super culta e cabeça, autora do blog Um Certo Olhar, mata a gente de inveja de tantos livros que leu, tantos discos que ouviu... Ricardo Bárbaro: figurinha ímpar, músico, performer, futuro advogado, do Blog da Gentileza (para o qual me permitiu fazer algumas colaborações e até fez uma citação do meu "inúmeros", rs), faz tempo que não deixa um comment, mas sei que passa sempre por aqui. A vocês meu grande carinho e muito obrigada.