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Sem café.




Oi inúmeros. Eu já comentei com vocês que estou sem café? Não, né? É. Sem ca-fé. 
Por conta de questões paralelas (como já dizia Chico Buarque) que não vem ao caso no momento, aboli o café de minha dieta diária. Em princípio o "jejum" deve durar um ano, mas, vai que eu me acostume e não sinta mais falta, desgoste, passe a olhar e dizer "humpf", dando de ombrinhos? Vai saber... No momento me parece tão pouco provável quanto o norte coreano maluco Ping Pong Alguma Coisa Iang aniquilar os EUA com suas bombinhas de fantasia. 

Me faz falta o café. Ô, como faz. No primeiro dia, nem me abalei, dei uma de forte. Tipo quando a gente toma aquele pé do cara, e sai no mais alto do salto. Quem perde é ele, tremendo babaca, nem queria mesmo. Dá-lhe sucos, chocolate quente.

Segundo dia de manhã, a coisa começou a pegar. A tortura é proibida no Brasil, mas na minha casa se acorda com aquele cheirinho de café, inebriante, no ar. Deu uma falta física na mão de pegar a xícara, encher, primeiro, do líquido negro puro, tomar aqueles goles que acordam, animam e fazem a gente sentir que a vida recomeçou. E, depois, jogar um pouco de leite, misturar e glub, glub,glub. Ahhhhhh. Eu amo café com leite num grau tão elevado que - para terror de alguns que já presenciaram a cena - tomo até com pizza!

Pois bem. O segundo dia foi mais duro. Como é o dia todo no trabalho sem café? Pra mim é estranho.

Há coisas na vida que parecem só ter graça com café ou café com leite. Daí que um ano sem café está começando a me parecer um ano sem: bolo de cenoura, iogurte, laranja e quetais, um ano sem aquele naco de queijo Criolo que você corta direto da geladeira e come assim, em pé mesmo, no intervalo entre qualquer coisa e outra coisa qualquer, um ano sem pão de quejo, sei lá! Acho melhor parar que já tô meio pirando.

Cientificamente falando, eu não posso ser dependente do café, logo, isso tudo é coisa da minha imaginação. 

Voltaremos à saga em breve.

Vou ali tomar um chá.


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