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Mostrando postagens de abril, 2011

Pingos nos is.

Quando eu começei este blog há uns 3 anos, com outro nome inclusive, eu não tinha qualquer pretensão a não ser a de criar um espaço para escrever as coisas que me viessem à telha ,todas aquelas coisas que, de um modo geral, a gente não tem muita oportunidade de conversar com ninguém no dia-a-dia, assim, na pausa para o cafezinho, digamos. Com o passar do tempo, por conta de necessidades profissionais, fui fazendo algumas alterações por aqui, a começar pelo nome. Os posts deixaram de ser tão autobiográficos e passaram a tratar mais de moda, estilo, enfim, sempre com um viés mais comportamental, afinal, esta "essência" fiz questão de manter. Reuni os posts antigos sob a tag "egotrip alucinada" e o Lu Looker ficou sério. Ocorre que, se antes eu partia da premissa de que ninguém iria ler minhas bobagens mesmo, e sendo assim, não havia qualquer pressão, a partir do momento em que o foco mudou veio também a necessidade de manter o blog sempre atualizado, interessante, rel

A Hipermodernidade e a Subversão do Tempo na Indústria da Moda.

Imagem: Bert Kaufmann A hipermodernidade é definida pelo filósofo Gilles Lipovetsky  não  como  uma era pós-modernidde, mas como uma  nova face da própria modernidade, uma face hiperbólica em que os conceitos já sedimentados na era moderna (como o individualismo, a valorização da democracia e do mercado) são potencializados, levados a extremos. Daí vivermos no que poderia ser chamado de uma cultura do exagero, vivenciada por cada indivíduo até mesmo nas ações mais quotidianas. O cidadão hipermoderno vive em caráter de urgência:  o tempo é cada vez  mais curto a sua lista  de “necessidades” cada vez mais extensa e complexa.  Ele precisa trabalhar muito, para ganhar muito dinheiro para adquirir os muitos bens que são lançados e propagandeados a cada dia. Por outro lado, precisa muito dar atenção a sua qualidade de vida, se alimentar muito bem, praticar atividades físicas com freqüência e disciplina, sem esquecer-se de arrumar tempo para  a família e para os muitos amigos que de

Mr Kitsch quebra imagem tradicional em nova campanha.

A marca masculina Mr. Kitsch é bastante conhecida por sua linha de camisaria e costumes e, desta forma, identificada a um consumidor mais formal.   Sua nova campanha de inverno, porém, vem com o objetivo claro de balançar este conceito. O projeto, que tem direção criativa de Beto Guimarães, traz o modelo Eduardo Bittencourt praticando Le Parkour em edifícios da zona central de São Paulo usando terno e gravata! Afinal, fora do escritorio, mesmo os profissionais mais sérios tem seus hobbies, suas aventuras e seus momentos born to be wild, não é mesmo? A Mr Kitsch pretende, com esta campanha e também com algumas reformulações em seu próprio mix de produtos, atrair um público mais jovem para a loja, sem abandonar porém o estilo que a consagrou no segmento mais tradicional. Uma curiosidade: Eduardo é também psquiatra e o fundador do Le Parkour Brasil  ou seja, as "estripulias" vistas nas fotos não são de mentirinha, não! Vejam uma prévia das campanha abaixo e assistam ao vídeo 

Look da Vez (19.03 a 03.04)

Uma loira de cabelos longos usando um top dourado, com a barriga à mostra, e uma calça justíssima em tecido brilhante, das duas, uma: ou é uma hecatombe fashion vista em algum baile funk ou é Shakira sexy, glamourosa e linda segurando o look – e todo o resto – no palco como só as divas podem, enquanto nós, reles mortais, babamos de inveja.

Quanto vale?

Quanto valem 1,50m de denim de segunda qualidade e um punhado de flores de plástico? Muito pouco, uma bagatela, seria a resposta da maioria das pessoas analisando friamente a pergunta. Por analisar friamente entenda-se dar aos materiais a conotação que eles têm em termos de preço, a quantidade de zeros a direita que dão a cada um deles seu maior ou menor status comercial. Não se trata de insensibilidade, apenas da visão que em nosso dia-a-dia em sociedade, temos das coisas ao nosso redor, do que compramos ou vendemos. Sem esta objetividade a atividade comercial seria praticamente inviável: ao invés de lojas, supermercados e magazines, uma casa de leilão em cada esquina, onde cada um pagaria por todo e qualquer objeto o que achasse justo, digno, válido enfim. Difícil até de imaginar. No âmbito privado, porém, todos temos nossa própria noção de valor para cada objeto que faz (ou que desejamos que faça) parte da nossa vida. Noção esta que, não apenas independe, ma muitas vezes se contrap