Que o twitter é uma febre que já tomou conta do globo é fato que ninguém contesta. Anônimos, celebridades do 1° ao 10° escalão, políticos e empresas usam a ferramenta para divulgar seu trabalho, mobilizar pessoas em torno de alguma causa ou movimento e, claro, fazer desbafos e expor suas opiniões pessoais a respeito de qualquer assunto. Some-se a isto um evento esportivo de alcançe mundial e imensa popularidade, como a Copa do Mundo da Fifa, e o que temos é um fenômeno dentro do próprio fenômeno. Podemos dizer que esta é a Copa do Twitter ou, ao menos, a primeira delas.
Há 26 dias, nos chamados trending topics nenhum outro assunto sobrevive por muito tempo, até o super astro teen Justin Bieber - reizinho do Twitter por excelência - teve que se conformar com o papel de coadjuvante.
Nos horários dos jogos, então, isto se eleva a décima potência e o que percebemos é que, se até 2006 os olhos ficavam vidrados na tela da TV por 90 minutos, em 2010 eles dão rápidas - porém irresistíveis - escapadelas para outras telinhas, as dos computadores e celulares. Um lance polêmico, os atributos físicos dos jogadores, a inconveniência de algum narrador esportivo; da crítica mais revoltada ao comentário mais espirituoso, twetts e mais twetts pululam na rede como pipoca fresquinha de porta de estádio. Não basta comentar com o amigo ao lado, gritar na janela para os vizinhos, tocar a vuvuzela, o mundo precisa saber o que eu penso, o que eu sinto, o que só eu observo enquanto a bola rola.
Com o auxílio do simpático pássaro azul, mesmo o torcedor mais isolado não precisar assistir aos jogos sozinho, pode fazê-lo na companhia de 30 milhões de pessoas. Torcida apaixonada, emoção, empatia, piadas e até algum quebra-pau (afinal, é futebol) estão ali ao alcançe dos dedos, e dos olhos de quem quiser ver.
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