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Uma Neosaldina por favor.


Que a grama do vizinho parece ser sempre mais verdejante que a nossa, todo mundo já sabe. Mas, há fases na vida em que esta sensação se intensifica bastante e parece mesmo que os jardins alheios foram adubados com maná e tiveram paisagismo do Burle Marx, enquanto o nosso tem lá um ou dois arbustos sofríveis. Não é exatamente agradável. Tendemos, nestas fases, a ficar escrutinando tudo o que há de negativo em nossa vida, ou em nós mesmos e os problemas e defeitos (ou ao menos o que consideramos desta forma) parecem se multiplicar mais que pipoca estourando na panela.

Ok, inúmeros, vamos deixar a terceira pessoa de lado, não sei se mais alguém passa por isto, me refiro, claro está, a mim mesma. Lembram-se do desenho do Garoto Enxaqueca? Então, é só colocar um sainha e eis-me a própria.

Antigamente me perguntaria porque raios tantas coisas desagradáveis estariam acontecendo a minha pessoa, culparia o azar, os deuses do Olimpo, o Sistema, o FMI, as leis de Mendel...

Os 30 anos porém, trazem consciência de que - alerta: não quero parecer livro de auto ajuda mas talvez pareça - a origem da maioria dos "problemas" somos nós mesmos, ou melhor, algum ponto de nós mesmos. Aquele ponto fraco, calcanhar de aquiles, que fingimos ignorar.

O duro é que saber não basta, há que se fazer algo com a informação e esta é a parte mais difícil.

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1997

Em junho de 1997 Jurassik Park estreava nos cinemas e Spielberg ficava um pouco mais rico, mesmo não estando em um de seus melhores momentos. No mês seguinte, a empregada doméstica Célia tinha seu segundo filho, sozinha, num minúsculo quartinho e,em seguinda, abandonava-o numa calçada, próximo ao lixo, sendo promovida desta forma a personagem de execração pública nacional. No futebol, Pelé tentava aprovar um pacote de medidas que, entre outras coisas, acabava com a lei do passe. O Rio de Janeiro se preparava para a visita do Papa João Paulo II. A atriz Vera Fischer perdia na justiça a guarda de seu filho com o também ator Felipe Camargo. José Saramago publicava Todos os Nomes, mais um na sua lista aparentemente infinita de ótimos livros. Enquanto tudo isto – e muito mais – acontecia, eu estava fazendo o quê? Quantos navios eu fiquei a ver passar em 1997? Dezenas, de certo. Talvez centenas. Fato é que, sei lá, me deram um boa noite Cinderela qualquer que me fez dormir acordada. Era époc...

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Ah, não posso encerrar o ano sem agradecer nominalmente aos meus principais leitores, aqueles que - dentre todos os meu inúmeros leitores, passam por aqui com frequência e deixam (às vezes) seus comentários. Fabinho Chiorino: mentor e colaborador de um dos blogs mais bacanas da net, o Haja Saco. Obrigada pelas dicas e críticas desde o começo do Água. Lélia Campos: amiga linda, inteligente e super culta e cabeça, autora do blog Um Certo Olhar, mata a gente de inveja de tantos livros que leu, tantos discos que ouviu... Ricardo Bárbaro: figurinha ímpar, músico, performer, futuro advogado, do Blog da Gentileza (para o qual me permitiu fazer algumas colaborações e até fez uma citação do meu "inúmeros", rs), faz tempo que não deixa um comment, mas sei que passa sempre por aqui. A vocês meu grande carinho e muito obrigada.