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La vie en rose - Capítulo II


Olá inúmeros.
Embora possa parecer não, eu não abandonei o Água, as mais de duas semanas de total desatualização se devem a um motivo bem simples e - porque não dizer - bastante recorrente: se é verdade que o trabalho enobrece o homem, falta pouco para eu me tornar alto menbro de alguma família real...
Mas, deixando de lado as lamúrias e justificativas, vamos ao que interessa, o segundo capítulo da série La Vie en Rose.

Cadê o macarron que estava aqui?

Vocês já devem ter visto ou ouvido falar naqueles docinhos franceses que, de um tempo pra cá, viraram moda também por aqui, os macarrons. São uma espécie de biscoitinho cujo formato lembra um mini-hamburguer, colorido de acordo com o sabor: rosa, verde,caramelo...
Ir à França e não comer um desses é meio que um pecadozinho, equivalente a tomar um café no Brasil sem provar um pão de queijo.
Lá pelo final do meu terceiro dia em Paris, fazendo e vendo tantas coisas, me dei conta de que ainda não havia efetivamente provado tal iguaria e já estava mais do que na hora. Estávamos na Printemps, chiquérrima e abarrotada de gente, resolvi comer um macarron com estilo da Maison du Chocolat. Hmmm, lindo, apetitoso e cheiroso... Saí toda feliz com meu docinho em direção a escada, mas antes que eu pudesse dar a primeira mordida, ué? Cadê o macarron que estava aqui agora mesmo? Seria por acaso aquele que saiu rolando, rolando, rolando e está neste momento bem embaixo do pé daquele senhor?
Que raiva. Dinheiro , salivação e expectavivas jogados no lixo e nem senti o gostinho. Fui finalmente experimentar o doce no último dia de viagem, antes de ir para o aeroporto, perto do hotel, estava muito bom, mas fiquei com a sensação de que nenhum seria tão gostoso quanto aquele que não comi.


Oi, será que dá pra chegar um pouquinho mais pra lá?


Uma das coisas mais interessantes nos cafés e restaurantes parisienses é o que minha irmã e eu chamamos de economia de mesa. Não importa se o lugar é barato ou caro, se é descolado ou fino, se é para comer um croissant ou um pato com laranjas o diâmetro das mesas parece nunca ultrapassar os 50cm, e a distância entre elas também costuma ser ínfima e, em alguns casos, parece mesmo inexistir.

Imagine se, aqui em São Paulo, Santo Grão, Oscar Café ou mesmo a Cristallo da Oscar Freire resolvessem espremer seus clientes em minúsculas mesinhas, coladas umas às outras tanto que chega uma hora que parece tudo virar uma coisa só e você até acha que o senhor barbudo da esquerda e as crianças asiáticas da direita são mesmo seus amigos tomando um cafezinho contigo?!

Pois é, penso que o povo dos jardins daqui não iria achar muito legal, muvuca é coisa de povão ou - vá lá - de balada. Mas os frequentadores da parte fina do Champs Elysèes parecem achar o máximo tanto calor humano e não se importam em pagar trinta euros para tomar um café e comer um padacinho de bolo quase sem poder se mexer para colocar o açúcar na xícara.

Vai entender...


Mundo subterrâneo.


O metrô de Paris, ah, o metrô de Paris. É algo simplesmente fantástico em termos de malha! Você pode ir para absolutamente qualquer canto da cidade - e arredores - de metrô, sem ter que andar quilômetros atrás de uma estação. E o mais incrível é que ele nunca está abarrotado no estilo lata de sardinha, você pode até não conseguir sentar, mas ser encoxada jamais! E olha que a cidade estava apinhada de turistada andando de metrô junto à população local. Nota 10. Quam sabe daqui a uns 80 anos São Paulo se aproxime.

Maaaas nem tudo são flores e o meu lado Policarpo Quaresma muitas vezes se manisfestou em defesa no metrô de Sampa.

Tudo bem que você não precisa andar muito pelas ruas para encontrar uma estação de metrô, em compensação, uma vez dentro dela, prepare a sola de sapato! Corredores labirínticos e infinitos, se a estação estiver meio vazia e você deu o azar de assistir ao filme Ireversível alguma vez na vida, faça um esforço mental para esquecer! Tente lembrar do Corra Lola, Corra e manda ver no atletismo. Escada rolante? Luxo! Acessibilidade é palavra que não consta do dicionário subterrâneo de Paris. Mala pesada, carrinho de bebê, criança de colo, é tudo no muque mesmo. Por razões óbvias, não vi nenhum cadeirante por lá...

Como tudo em Paris as estações são super antigas, com aquela carinha meio de "túnel de esgoto reaproveitado". Claro que não esperava estações no estilo Linha Verde Paulista, mas uma reforminha aqui e outra ali, cairia bem.


Volto com o terceiro e mais glamouroso capíltulo. Jantar no Sena ces`t très jolie!!


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