O texto abaixo ficou durante muitos meses no meu perfil do Orkut. Algo que escrevi num momento em que estava, como diriam os antigos, boba alegre.
Achei que já era hora de tirá-lo de lá e colocar em seu lugar algo mais condizente com meu momento, porém não gostaria de perdê-lo, afinal é uma bobagem pela qual, sabe-se lá porque, criei uma apeguinho. Sendo assim, posto aqui no Água como um arquivo.
Eu sou uma garota normal. O fato de minha mãe ter me parido enquanto estava perdida na floresta amazônica com o auxílio do pagé de uma tribo já praticamente extinta, não fez de mim um bebê diferente dos demais. Tanto que, quando finalmente fomos resgatadas, após 13 meses, e minha família decidiu se mudar para a Europa a fim de superar o trauma eu - embora já soubesse subir em árvores e tivesse desenvolvido uma capacidade rara de conversar com onças – convivia perfeitamente com meus amiguinhos da escola britânica. Quando voltamos ao Brasil, já na minha adolescência, quando papai resolveu deixar seu cargo de CEO em uma grande empresa Alemã e voltar para o Brasil abrindo um circo para trabalhar como cuspidor de fogo, também foi algo absolutamente comum. Tanto que, embora fizesse o número da mulher barbada no circo, era namoradeira e baladeira como qualquer adolescente: aí está o homem Mongo e o Homem Elástico que não me deixam mentir (né, meninos?). Inesquecíveis as festinhas promovidas pelas trigêmeas siamesas na jaula dos elefantes!! Claro, como toda adolescente normal, enfrentei aquela crise típica de identidade na época do vestibular.Mas quando passei em primeiro lugar em Medicina na USP, sem fazer cursinho e prestando pela primeira vez, senti que havia me encontrado!! O período da faculdade transcorreu normalmente. O fato de, no terceiro ano, eu ter tido um caso e engravidado do professor gay de 77 anos não me diferenciou em nada das minhas amigas. Ok, acabei largando a faculdade, mas sabe como é, queria me dedicar integralmente ao quadrigêmeos. Jamais me arrependi. Até porque, coitadinhos, eles perderam o pai muito cedo, quer dizer, nem chegaram a conhecer, o Austregésilo infartou quando soube que eu estava grávida, era uma excelente pessoa... Coisas da vida, acontece sempre, super normal. De qualquer forma o sheik árabe com o qual me casei logo em seguida sempre foi uma excelente figura paterna para meus pimpolhos. Em momento algum o fato de eu ser a 42° do seu harém fez alguma diferença!! E assim tem transcorrido minha vida, normalmente. O fato de constar da lista de procurados do FBI, CIA e Scotland Yard devido ao meu nome estar envolvido em uma operação fraudulenta envolvendo o meu marido também não é nada demais. Fiz algumas cirurgiazinhas de transformação facial (coisa pouca, só umas 47) e tenho 8 nomes diferentes em passaportes de diversas nacionalidades. Mas gente, hoje em dia, isso é super comum. E essa sou eu, uma mulher tranqüila, que leva uma vidinha normal. Se quiser me deixa um recado, quem sabe podemos ser amigos? Em breve você pode estar aqui comigo, tomando um chá no Azerbaijão Setentrional, porque para mim a vida é assim, feita de momentos simples e singelos.
Achei que já era hora de tirá-lo de lá e colocar em seu lugar algo mais condizente com meu momento, porém não gostaria de perdê-lo, afinal é uma bobagem pela qual, sabe-se lá porque, criei uma apeguinho. Sendo assim, posto aqui no Água como um arquivo.
Eu sou uma garota normal. O fato de minha mãe ter me parido enquanto estava perdida na floresta amazônica com o auxílio do pagé de uma tribo já praticamente extinta, não fez de mim um bebê diferente dos demais. Tanto que, quando finalmente fomos resgatadas, após 13 meses, e minha família decidiu se mudar para a Europa a fim de superar o trauma eu - embora já soubesse subir em árvores e tivesse desenvolvido uma capacidade rara de conversar com onças – convivia perfeitamente com meus amiguinhos da escola britânica. Quando voltamos ao Brasil, já na minha adolescência, quando papai resolveu deixar seu cargo de CEO em uma grande empresa Alemã e voltar para o Brasil abrindo um circo para trabalhar como cuspidor de fogo, também foi algo absolutamente comum. Tanto que, embora fizesse o número da mulher barbada no circo, era namoradeira e baladeira como qualquer adolescente: aí está o homem Mongo e o Homem Elástico que não me deixam mentir (né, meninos?). Inesquecíveis as festinhas promovidas pelas trigêmeas siamesas na jaula dos elefantes!! Claro, como toda adolescente normal, enfrentei aquela crise típica de identidade na época do vestibular.Mas quando passei em primeiro lugar em Medicina na USP, sem fazer cursinho e prestando pela primeira vez, senti que havia me encontrado!! O período da faculdade transcorreu normalmente. O fato de, no terceiro ano, eu ter tido um caso e engravidado do professor gay de 77 anos não me diferenciou em nada das minhas amigas. Ok, acabei largando a faculdade, mas sabe como é, queria me dedicar integralmente ao quadrigêmeos. Jamais me arrependi. Até porque, coitadinhos, eles perderam o pai muito cedo, quer dizer, nem chegaram a conhecer, o Austregésilo infartou quando soube que eu estava grávida, era uma excelente pessoa... Coisas da vida, acontece sempre, super normal. De qualquer forma o sheik árabe com o qual me casei logo em seguida sempre foi uma excelente figura paterna para meus pimpolhos. Em momento algum o fato de eu ser a 42° do seu harém fez alguma diferença!! E assim tem transcorrido minha vida, normalmente. O fato de constar da lista de procurados do FBI, CIA e Scotland Yard devido ao meu nome estar envolvido em uma operação fraudulenta envolvendo o meu marido também não é nada demais. Fiz algumas cirurgiazinhas de transformação facial (coisa pouca, só umas 47) e tenho 8 nomes diferentes em passaportes de diversas nacionalidades. Mas gente, hoje em dia, isso é super comum. E essa sou eu, uma mulher tranqüila, que leva uma vidinha normal. Se quiser me deixa um recado, quem sabe podemos ser amigos? Em breve você pode estar aqui comigo, tomando um chá no Azerbaijão Setentrional, porque para mim a vida é assim, feita de momentos simples e singelos.
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