Após 30 anos de existência na Terra a gente se conheçe um pouco, né? Bom, é o mínimo, vivendo comigo 24 horas por dia, trabalhando comigo, dormindo comigo, tomando banho comigo, eu tenho que saber, ainda que seja um pouquinho, sobre o meu ser. Por isso eu sei que, quando resolvo ouvir muito alto aquela seleção de rock`n roll é porque não tô muito legal...
Não que eu ache rock deprê ou coisa assim, pelo contrário, sempre curti, acho uma das coisas mais energéticas e sexies do planeta e até posso ouvir em situações de grande alegria como férias na Praia do Forte, porém quando eu sento em frente ao computador e ponho num volume muito alto uma sequência que inclui Back in Black do AC/DC, Wherever I May Roam do Metallica, I Wanna be Sedated dos Ramones, No More Tears do Ozzy, Sweet Dreams versão Maryllin Manson, Orgasmatron versão Sepultura e Creep do Radiohad, hmmmm, a coisa tá feia...
Acho todas as músicas incríveis em qualquer contexto, mas, geralmente esta sequência tem uma função, digamos, terapêutica sobre a minha pessoa. Vamos gritar? Não. Vamos quebrar um vaso chinês? Não. Vamos fugir de carona para a Guiana Francesa? Não. Vamos ouvir aumentar o som e entrar numa espécie da catarse. Muitos decibéis de guitarra, baixo e bateria podem operar milagres! Nestas horas eu queria ter uma guitarra, e saber tocar, óbvio.
Ah, o fato é que eu devia ter sido uma rockstar! Foi só um errinho de planejamento estratégico.
Com licença, vou dar uma saída para caçar um chocolate que, para mim, funciona muito bem no lugar da segunda parte da tríade acima.
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beijos, Lu