Sabe aqueles dias em que você tem vontade de mandar um Puta que Pariu bem grande na cara do mundo? Não? Então deixa eu explicar como é que é. É assim:
Você quer abrir a janela e gritar Puta que Pariiiiiiuuuuu. Mas não é só. Você também quer gravar uma música cujo único verso seja Puta que Pariu repetido indefinidamente numa melodia qualquer, pegar emprestado um desse carros tunados e rodar por aí fazendo as janelas trepidarem ao som da sua melô particular do Puta que Pariu. Mas não chega!
Você também quer ligar na redação da Folha e do Estado e ver se ainda dá tempo de colocar, na edição de domingo, um anúncio central de página dupla com a frase Puta que Pariu grafada em fonte Impact e caixa alta (pede pra gráfica segurar um tiquinho que já tô finalizando a arte!). Ainda não é o suficiente.
Se a Lei Cidade Limpa não permite mais outdoors na Marginal do Tietê nem do Pinheiros, apela-se para as rodovias! Dutra. Fernão Dias. Raposo Tavares. Route 66. Você quer preencher todas as entradas e saídas, colocar lá no alto dos montes o seu Puta que Pariu bem bonito. Enorme como deve ser. Chega? Tsc, tsc, é preciso mais.
Um Puta que Pariu que se preze tem que estar na Caras, na Vogue, na Época e na Playboy. Tem que ter Puta que Pariu na camisa dos jogadores em dia de clássico no Pacaembú. Os trens do metrô tem que ser envelopados com Putas que Pariu gigantescos de leste a oeste da cidade, linha vermelha, verde, azul e amarela.
Quero Puta que o Pariu nas mesas de bar, nas portas de banheiro, no verso dos tickets de estacionamento dos shoppings. Grafite-se Puta que o Pariu em letras coloridas na 23 de Maio.
Faça-se um Bloco do Puta que Pariu para animar o carnaval de rua da Vila Madalena e uma projeção mapeada na fachada do Museu do Ipiranga ou no Palácio dos Bandeirantes.
Que a fonte do Ibirapuera dance alegremente formando um lindo Puta que Pariu de gotículas pululantes para os turistas e ciclistas terem fotos massa para postar no Instagram com a hashtag #instapqp
É mais ou menos assim quando você quer mandar um Puta que Pariu bem grande na cara do mundo.
Na impossibilidade de, vai de blog mesmo.
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