Pular para o conteúdo principal

Chama a Graneiro!




Olha como a vida tem coisinhas estranhas. 
Depois de 33 anos de história, alguns bons tombos no caminho, muitos  livros lidos, algumas filosofias e religiões estudadas e (pouco, mas vá lá) praticadas, terapia em grupo e individual, dois anos de yoga, conversas profundas com o meu eu interior, conselhos dos mais sábios e até aulas do Janô, um comercial da NET foi o responsável por trazer à luz  minha existência mundana. É isso mesmo Brasil, um comercial da NET fez cair a ficha que nenhum guru das mais altas esferas de elevação espiritual deu conta! 
O filme é todo engraçadinho e faz analogias sobre o que representa a NET para cada tipo de pessoa, lá pelas tantas, aquela voz aveludada em off diz assim: "para os carregadores de piano...". Parei. A verdade se descortinou diante de meus olhos. Trilha sonora de impacto, por favor, sonoplasta! Eu sou uma carregadora de piano! Como nunca havia me dado conta disto?
Fazendo um retrospecto da minha vida, percebo que carreguei pianos de cauda desde a mais tenra infância, já devo ter saído da maternidade levando nas costas pelo menos um daqueles pianinhos Hering que havia antigamente. 
Por que será? Por que sempre fiz os problemas terem um tamanho maior do que o real? Por que sempre encarei as situações como uma partida O Mundo Inteiro X Luciana? Bom, isto o comercial da NET não responde, mas de qualquer modo, o importante é que soltei o piano no chão e que se espatife em mil pedacinhos. Tá, ainda vou carregar uns tecladinhos de vez em quando, pois hábitos arraigados não se esvaem da noite para o dia, mas levar o piano de escada até o 23° andar, never more! Só chamando a Graneiro!
Deu, deu, não deu, fica para a próxima. Gostou de mim, gostou, não gostou, puxa fazer o quê, né? Não atingi suas mais altas expectativas? Sinto muito, mas muita gente também não atinge as minhas. Oops, não sou perfeita? Nossa, que pena! Quem sabe na próxima encarnação. Nesta, ao invés de continuar carregando este peso todo buscando ser a Miss 100%, vou ali ser feliz a já volto. Um beijo pra quem fica.

Imagem: Getty Images

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Criando Filhos - Parte II

No texto anterior fornecemos algumas dicas simples e preciosas para mães preocupadas com o futuro de seus rebentos. Mostramos como, já a partir da primeira infância, devemos direcionar meninos e meninas no caminho de uma idade adulta próspera e feliz. Hoje abordaremos os procedimentos a serem adotados naquela que talvez seja a fase decisiva para definir se seus filhos serão ou não loosers: a adolescência. Dos 12 aos 15 anos: Seus filhos já não são mais crianças e começam a delinear uma personalidade. É o momento em que começam a manifestar vontades próprias disto e daquilo, a reinvindicar o direito de escolha sobre o que vestir, o que comer, aonde ir, etc. Atenção, é preciso usar muita estratégia nesta fase, sob o risco de botar todo o esforço feito até aqui a perder!! Você, evidentemente, não pode deixar que seus filhos façam tudo o que quiserem, todavia, se proibir tudo de forma autoritária, o feitiço pode virar contra o feiticeiro e, revoltados, eles podem fazer tudo de pior só par...

Isto não é um post

Queridos inúmeros. Isto não é um post formal.É só um desabafo que escrevo aqui para que vocês sejam testemunhas. Inúmeras testemunhas: Quero que um raio caia na minha cabeça e me tranforme num mico leão dourado vendido ilegalmente para uma família de esquimós sádicos se eu fizer isso de novo!! Obrigada pela atenção dispensada. Beijos a todos.

Um case imobiliário ou De como todo mundo mora "bem" e eu também quero morar.

Olá inúmeros! Não sei quanto a vocês, mas tenho notado algo muito interessante em todos os eventos dos quais participo nesta nossa gloriosa cidade de São Paulo, sejam eles artísticos, modísticos, baladísticos, gastronômicos ou esportivos. Todas as pessoas com quem converso moram em Pinheiros, Vila Madalena, Jardins, Perdizes ou - estourando - Pompéia. Fico pensando, se nossa cidade tem mais de onze milhões de habitantes e tá todo mundo concentrado nesses bairros, bem, é estranho que suas ruas não se assemelhem ao  mais clichê retrato de Bombaim! Também me pergunto de onde é toda aquela gente que congestiona as vias que ligam os outros bairros da cidade? E aquele povo todo espremido nos ônibus, metrôs e trens?  Seguramente são marcianos que, com a globalização atingindo níveis integalácticos, vêm diariamente trabalhar em São Paulo.  A questão é, trata-se somente de uma grande coincidência (as pessoas vivem nos referidos bairros mesmo, sim porque sim) ou você só é descol...