Pular para o conteúdo principal

Milho aos pombos


Aí você está lá super engajada no projeto de arrumar o seu guarda roupa, decidindo se é mais viável ocupar só duas prateleiras da parte de baixo para os sapatos e liberar a terceira apenas para os cremes e maquiagem, quando se depara com uma coisas dessas: http://filmefobia.blog.uol.com.br/.

Como sei que tem gente que vai ficar com preguiça de clicar vou explicar por alto: trata-se de um filme meio documentário, meio ficção no qual fóbicos são expostos a situações de enfrentamento de suas fobias, através de ambientes e engenhocas projetados especialmente para esta finalidade, captar a reação de cada uma dessas pessoas ao enfrentar seu pior medo é o objetivo dos idealizadores do projeto.

É um troço meio bizarro. O tal filme foi o vencedor do último Festival de Brasília o que causou uma grande polêmica. Há quem diga que é sadismo, há quem diga que o filme é oportunista, cópia barata e pretensiosa de um "jogos mortais" da vida, há quem ache o máximo, há quem ache perturbador assistir com medo de sentir prazer com agonia dos outros, enfim. Mas a grande questão, o que me deixou com este tal Filmefobia na cabeça não é nada disso. Eu nem vi o filme todo, só trechos, nem sei se amo ou odeio, sinceramente. Mas, eu parei para pensar: como neste mundo tem gente fazendo coisas totalmente fora da "normalidade" enquanto a gente tá na praça dando milho aos pombos!!!! Caramba. Me sinto um Krill. Imagina, você numa mesa de bar e dizer que faz parte de um troço desses, descrevendo displicentemente o seu dia de trabalho. Visualiza a cara das pessoas? Alguns podem dizer que vão ao banheiro e nunca mais voltar, com medo de você. Outros vão contar no escritório que conhecerem uma sádica na noite anterior e, puxa, até que ela era simpática. Alguém pode se apaixonar pela idéia e pedir pelo amor de Deus para arrumar um bico no tal projeto. Mas, uma coisa é certa, vão pensar sobre você.
Vão pensar sobre o quanto você faz um treco diferente. No fundo o que estou querendo dizer é que, para mim, é profundamente sedutor este tipo de gente. Gente que pensa em coisas que ninguém mais pensou. Não necessariamente este tipo de coisa meio "trash". Mas algo, assim, fora do óbvio ululante, eu fico p. da vida por não fazer parte deste seleto grupo que, para mim, é o grupo que faz a humanidade avançar desde que o mundo o mundo.

Assim, eu sei que o pessoal "normal" é super necessário para a sociedade existir e tals, ser o cara da repartição que grampeia os protocolos é super ok, nada contra, por favor. Mas, eu, euzinha, preferiria fazer parte do grupo dos doidões, visionários, gênios incompreendidos ou como queiram chamar.

De qualquer modo, enquanto não tenho (ou não consigo viabilizar) nenhuma idéia vanguardista, vou tentar pelo menos mantar meu guarda roupa organizado.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Criando Filhos - Parte II

No texto anterior fornecemos algumas dicas simples e preciosas para mães preocupadas com o futuro de seus rebentos. Mostramos como, já a partir da primeira infância, devemos direcionar meninos e meninas no caminho de uma idade adulta próspera e feliz. Hoje abordaremos os procedimentos a serem adotados naquela que talvez seja a fase decisiva para definir se seus filhos serão ou não loosers: a adolescência. Dos 12 aos 15 anos: Seus filhos já não são mais crianças e começam a delinear uma personalidade. É o momento em que começam a manifestar vontades próprias disto e daquilo, a reinvindicar o direito de escolha sobre o que vestir, o que comer, aonde ir, etc. Atenção, é preciso usar muita estratégia nesta fase, sob o risco de botar todo o esforço feito até aqui a perder!! Você, evidentemente, não pode deixar que seus filhos façam tudo o que quiserem, todavia, se proibir tudo de forma autoritária, o feitiço pode virar contra o feiticeiro e, revoltados, eles podem fazer tudo de pior só par...

Um case imobiliário ou De como todo mundo mora "bem" e eu também quero morar.

Olá inúmeros! Não sei quanto a vocês, mas tenho notado algo muito interessante em todos os eventos dos quais participo nesta nossa gloriosa cidade de São Paulo, sejam eles artísticos, modísticos, baladísticos, gastronômicos ou esportivos. Todas as pessoas com quem converso moram em Pinheiros, Vila Madalena, Jardins, Perdizes ou - estourando - Pompéia. Fico pensando, se nossa cidade tem mais de onze milhões de habitantes e tá todo mundo concentrado nesses bairros, bem, é estranho que suas ruas não se assemelhem ao  mais clichê retrato de Bombaim! Também me pergunto de onde é toda aquela gente que congestiona as vias que ligam os outros bairros da cidade? E aquele povo todo espremido nos ônibus, metrôs e trens?  Seguramente são marcianos que, com a globalização atingindo níveis integalácticos, vêm diariamente trabalhar em São Paulo.  A questão é, trata-se somente de uma grande coincidência (as pessoas vivem nos referidos bairros mesmo, sim porque sim) ou você só é descol...

Isto não é um post

Queridos inúmeros. Isto não é um post formal.É só um desabafo que escrevo aqui para que vocês sejam testemunhas. Inúmeras testemunhas: Quero que um raio caia na minha cabeça e me tranforme num mico leão dourado vendido ilegalmente para uma família de esquimós sádicos se eu fizer isso de novo!! Obrigada pela atenção dispensada. Beijos a todos.