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Divã

Só existe uma coisa pior do que filosofia de botequim, é psiquiatria de botequim. Sabe aquele tipo de pessoa que tem toda uma teoria para explicar porquê você tem este ou aquele problema na sua vida, porquê você toma tal e tal atitude? Raiva. Muita raiva. A coisa toda super complexa e você cai no erro de abordar o assunto, assim meio que falando só por falar, ou esperando um pouco de empatia e pimba, dá-lhe diagnóstico! "Então, o seu problema é que blá, blá, blá...". "o que acontece com você é porque você, lá, lá, lá..." Assim, pronto, resolvido! Nossa, porque eu tava sofrendo tanto, né?? Aff. Que raiva.
O pior de tudo é que às vezes também dou uma dessas, devo confessar. Mas logo em seguida me arrependo, o que Freud não explicou, quem sou eu pra explicar?!
Cada pessoa tem um motivo diferente para bancar o "psi" de vez em quando: uns acreditam realmente que sabem como resolver o problema do colega; outros não fazem a menor idéia, mas não querem parecer que não se sensibilizaram; há ainda os que fazem questão de passar uma aura de sábio bem resolvido. Eu, prefiro adotar (e que adotem comigo também) uma atitude apenas de empatia, do tipo: "olha você tem uma dificuldade, não sei como você pode resolver, mas, se precisar de alguma coisa que esteja ao meu alcançe..." Acho bem mais honesto.

Comentários

Anônimo disse…
a gente está rodeado de psicólogos e terapeutas de botequim. No geral, eles mais atrapalham do que auxiliam rs. Beijão, Lu. Gostei do post

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Queridos inúmeros. Isto não é um post formal.É só um desabafo que escrevo aqui para que vocês sejam testemunhas. Inúmeras testemunhas: Quero que um raio caia na minha cabeça e me tranforme num mico leão dourado vendido ilegalmente para uma família de esquimós sádicos se eu fizer isso de novo!! Obrigada pela atenção dispensada. Beijos a todos.

1997

Em junho de 1997 Jurassik Park estreava nos cinemas e Spielberg ficava um pouco mais rico, mesmo não estando em um de seus melhores momentos. No mês seguinte, a empregada doméstica Célia tinha seu segundo filho, sozinha, num minúsculo quartinho e,em seguinda, abandonava-o numa calçada, próximo ao lixo, sendo promovida desta forma a personagem de execração pública nacional. No futebol, Pelé tentava aprovar um pacote de medidas que, entre outras coisas, acabava com a lei do passe. O Rio de Janeiro se preparava para a visita do Papa João Paulo II. A atriz Vera Fischer perdia na justiça a guarda de seu filho com o também ator Felipe Camargo. José Saramago publicava Todos os Nomes, mais um na sua lista aparentemente infinita de ótimos livros. Enquanto tudo isto – e muito mais – acontecia, eu estava fazendo o quê? Quantos navios eu fiquei a ver passar em 1997? Dezenas, de certo. Talvez centenas. Fato é que, sei lá, me deram um boa noite Cinderela qualquer que me fez dormir acordada. Era époc...

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Ah, não posso encerrar o ano sem agradecer nominalmente aos meus principais leitores, aqueles que - dentre todos os meu inúmeros leitores, passam por aqui com frequência e deixam (às vezes) seus comentários. Fabinho Chiorino: mentor e colaborador de um dos blogs mais bacanas da net, o Haja Saco. Obrigada pelas dicas e críticas desde o começo do Água. Lélia Campos: amiga linda, inteligente e super culta e cabeça, autora do blog Um Certo Olhar, mata a gente de inveja de tantos livros que leu, tantos discos que ouviu... Ricardo Bárbaro: figurinha ímpar, músico, performer, futuro advogado, do Blog da Gentileza (para o qual me permitiu fazer algumas colaborações e até fez uma citação do meu "inúmeros", rs), faz tempo que não deixa um comment, mas sei que passa sempre por aqui. A vocês meu grande carinho e muito obrigada.